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Dois membros do júri de Correia Lima passam mal e julgamento novamente suspenso

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Atualizada às 14h10


Dois dos sete jurados que participaram do julgamento do ex-coronel José Viriato Correia Lima passaram mal no início da tarde desta quinta-feira (1ª) e o foram suspensas as atividades do tribunal popular do júri. 

Por volta das 13h30, após retorno dos membros – que tiveram pausa para almoço – um dos membros do júri teve crise convulsiva. Ele ficou inconsciente e chegou a ser socorrido no chão. O setor médico do Tribunal de Justiça prestou socorro.

“Quando o setor médico estava socorrendo o senhor, outro membro do júri teve uma crise de pânico e foi atendido no local. O juiz suspendeu o julgamento e ocorrerá somente em novembro. O senhor que teve pânico foi medicado, passa bem e foi encaminhado a sua residência”, disse Márcio Carcará.

O promotor informou que no próximo julgamento haverá novos membros para o júri popular. Ele confirmou ao Cidadeverde.com que o policial militar Raimundo Gonçalves será novamente convocado para prestar esclarecimento durante julgamento. Hoje, foi solicitada a presença do PM de forma coercitiva, mas ele não foi encontrado.

“O soldado Gonçalves será chamado em caráter de imprescindibilidade para o julgamento”, garantiu Márcio Carcará. 

 

Atualizada às 12h11

O julgamento do ex-coronel Correia Lima teve início por volta das 8h30, desta quinta-feira (01). O juiz Antônio Nolêto comanda a sessão e três testemunhas estão sendo ouvidas antes do depoimento do réu. A previsão é que a decisão judicial seja anunciada no fim da tarde de hoje. O réu é julgado pela morte do cabo da Polícia Militar José Honório Barros Rodrigues, homicídio que ocorreu em 1988. 

Entre as testemunhas estão uma namorada da vítima, à época do crime, e o delegado Francisco de Paulo Marques, que comandava a Comissão Investigadora do Crime Organizado (Cico), quando a vítima foi assassinada. 

Ele disse em seu depoimento que o ex-coronel era amplamente conhecido como líder do crime organizado no Piauí. "A figura de Correia Lima era sempre citada como o líder, inclusive, na imprensa com participação em vários crimes. Se ele era, eu não posso dizer, mas o nome dele sempre era lembrado", disse o delegado. 

Das sete pessoas que compõem o júri, apenas uma é mulher. O promotor de acusação é Márcio Georgi Carcará Rocha. 

A defesa de Correia Lima, realizada pelo advogado Wendel Oliveira, questionou o juiz diversas vezes quanto à possibilidade de os jurados se manifestarem durante as oitivas das testemunhas. O juiz, por sua vez, declarou que estava seguindo o procedimento padrão e não negou o direito ao conselho de sentença de se manifestar. 

Por mais de uma vez o juiz Antônio Noleto indeferiu solicitações da defesa. Em uma delas, o advogado queria desmembrar as partes do processo para fazer consultas.

"Não vou permitir isso. Indefiro o pedido. O que o senhor está querendo poderia ter sido feito antes, o senhor poderia ter vindo e solicitado e processo anteriormente. Todo advogado tem direito, mas nesse momento eu indefiro", disse o juiz. 

O advogado não fez novas considerações sobre o pedido. 

 

Matéria original postada às 8h54

Após ser adiado por duas vezes, o julgamento do ex-coronel José Viriato Correia Lima sobre a morte do cabo da Polícia Militar José Honório Barro sRodrigues, deve ocorrer nesta quinta-feira (01). O homicídio ocorreu em 1988 e o Ministério Público sustenta a tese que o réu foi o mandante do crime. Por outro lado, a defesa do acusado, o advogado Luciano Ripardo, afirma que vai pedir a absolvição do seu cliente. 

"A estratégia da defesa é a negativa de autoria, pois não há sequer um átomo de prova capaz de conduzir Correia Lima como mandante do crime. Vamos pedir a absolvição do ex-coronel. Ao analisar os autos, não há sequer um depoimento apontando o Correia Lima como mandante do crime. O que ocorreu foi um desentendimento entre o Courinhas e o cabo Honório, até mesmo porque não havia motivação nenhuma para que o ex-coronel mandasse o cabo Honório que era amigo pessoal e de fidelidade dele", explicou o advogado, em entrevista ao Notícia da Manhã. 

A sessão será presidida pelo juiz Antônio Noleto no Tribunal Popular do Júri. A vítima foi assassinada dentro da chácara de Correia Lima e o crime teria sido queima de arquivo. 

"O crime ocorreu na chácara, mas o coronel estava dormindo e soube depois o que tinha ocorrido. Mataram o cabo Honório, desovaram o corpo e só depois, o coronel ficou sabendo, pois sabiam que Correi Lima ficaria muito irritado e chateado, pois o cabo era uma pessoa de ligação com o coronel", defende Luciano Ripardo. 

Na semana passada, o ex-coronel foi condenado na última sexta-feira (25) a 25 anos de prisão pela morte do engenheiro José Ferreira Castelo Branco, o Castelinho, no ano de 1999, em Teresina.

Correia Lima já foi condenado por quatro homicídios, dentre outros crimes, que juntos somam 127 anos de prisão. O ex-coronel ainda será julgado pela morte de Claudemir Antônio França, o Mauro Gaúcho, ocorrida em 11 de junho de 1998 na zona rural do município de Redenção do Gurgueia, localizado a 691 km ao sul de Teresina. A vítima foi morta com um tiro de escopeta calibre 12 e teve o corpo carbonizado numa fogueira de pneus. Gaúcho teria sido assassinado pelo desviado uma carga roubada do grupo.

Graciane Sousa, Maria Romero e Yala Sena
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