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Kalil nega 'guerra' com CBF e vê liga Sul-Minas-Rio como sobrevida para clubes

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Presidente em exercício do Atlético no ano da conquista da Copa Libertadores, em 2013, Alexandre Kalil deixou de lado a atmosfera do clube para se dedicar ao futebol em esfera nacional. Eleito como principal representante da Primeira Liga, nome do campeonato que reunirá times do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e deve ter sua primeira edição já em 2017, Kalil negou uma disputa com a CBF e disse lutar pela sobrevivência dos clubes.

Em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo nesta terça-feira, o CEO eleito da Primeira Liga classificou o movimento pela criação do torneio como generoso, já que as premiações devem ser mais polpudas. “Eu nunca vi tanta união entre os clubes. Além de ser muito progressista, o movimento é, antes de tudo, generoso. Sabemos que um clube é maior do que o outro, mas ninguém está lá para engolir ninguém. O que a gente tem que pensar é ‘o que aconteceu nos últimos anos para tamanho atraso do futebol brasileiro?”, declarou.

Planejando um novo direcionamento para as Federações nacionais, que segundo Kalil deveriam se organizar para a formação de ligas mais rentáveis e restritas, o dirigente negou uma disputa de egos com a CBF e as Federações. “A CBF é milionária, a liga só vai alterar a vida de quem mama. A CBF não mama nos clubes”, brincou. “Ninguém quer matar ninguém. O que não aceito é um presidente de Federação bater no peito e dizer que não vai acontecer. É uma questão de sobrevivência, a gente não quer tomar nada de ninguém”, completou, esclarecendo.

O torneio que liga os times do Sul, Santa Catarina, Minas e Rio tem, inclusive, respaldo da Lei Pelé para ser oficializado como competição pela CBF. “A CBF não tem estrutura organizacional e comercial para isso (fazer a liga). Ela não tem tempo nem cabeça. Ela precisa comercializar a Seleção e as coisas dela. 

Temos que cuidar de nós, é um movimento consequente do aperto em que os clubes estão. Alguém achou que a Copa do Mundo ia salvar o futebol. Não foi uma Copa, foi uma tragédia. Tem um monte de estádio construído (com pouco uso) e ninguém tá preso“, protestou.

Se, por um lado, preferiu não comentar sobre a indecisão de Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF, a respeito de suas viagens, Kalil classificou como “vergonha” a detenção de José Maria Marin pela Justiça suíça, frente ao envolvimento no esquema de corrupção atrelado à Fifa. “É triste, humilhante. 

Tenho vergonha de o mundo saber que o ex-presidente da CBF está preso. Eu tenho medo do que pode acontecer com ele, pela idade que tem (83 anos). A prisão da Suíça deve ser boa. Se fosse aqui, era capaz de ter morrido. É doloroso para a família”, ponderou.


Fonte: Superesportes

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