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Janot confirma ao PSOL que Eduardo Cunha tem conta na Suíça

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmou em um documento enviado ao PSOL na noite de quarta-feira (7) que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), possui contas bancárias na Suíça em seu nome e no de familiares. Segundo Janot, as contas foram bloqueadas pelas autoridades suíças.

As informações, divulgadas pelo PSOL nesta quinta-feira (8), foram encaminhadas ao partido após um pedido oficial feito pelos parlamentares. Eles já haviam questionado Cunha em um ofício entregue na Câmara, mas não obtiveram resposta.

Com base nas respostas de Janot, o PSOL entende que Cunha mentiu em depoimento à CPI da Petrobras, em março, quando negou que tivesse contas no exterior, e pretende acionar o Conselho de Ética da Câmara para ele seja investigado por quebra de decoro, o que poderá resultar até na perda do mandato.

Na declaração enviada à Justiça Eleitoral em 2014, Cunha também não informou ter contas no exterior, apenas uma no Itaú. Em nota divulgada na semana passada para tratar das suspeitas em torno das contas bancárias, Cunha não disse textualmente que não possui contas no exterior, mas reiterou o teor do depoimento prestado à CPI.

Lavagem e corrupção

No documento enviado ao PSOL, a Procuradoria não deu detalhes sobre as investigações, mas respondeu afirmativamente à pergunta sobre a existência de contas de Cunha e familiares na Suíça e sobre se estas contas tinham sido bloqueadas.

Em relação às conclusões das investigações conduzidas pelas autoridades suíças, a Procuradoria respondeu que dizem respeito a crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.
A PGR afirmou ainda que, "no tempo oportuno", apresentará ao Supremo Tribunal Federal (STF) suas conclusões sobre o caso, que poderão ser diversas das do Ministério Público suíço.

"Isso dá para nós, partido político, o elemento fundante de uma representação no Conselho de Ética em desfavor do Eduardo Cunha", disse o líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ). Ele ponderou que o colegiado costuma rejeitar pedidos baseados em notícias de jornal e que esse documento oficial dá plenas condições para fazer a representação.

Alencar informou, ainda, que que os parlamentares vão procurar o apoio de outros partidos e parlamentares para endossar o pedido. A argumentação do PSOL para solicitar a investigação de quebra de decoro é que, supostamente, Cunha teria mentido sobre a existência de contas bancárias no exterior.

Fonte: G1

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