"Ela pediu para ser salva", conta jovem que resgatou mulher que caiu de ponte

Na tarde de ontem (12), os jovens Paulo Ferreira e Hudson da Silva tiveram um dia de herói ao salvar uma mulher que caiu de uma altura de 25 metros. Além da atitude heróica, a vítima foi salva porque ficou presa aos aguapés que cobrem o rio Poti. Em entrevista ao Notícia da Manhã, Paulo Ferreira relembrou como ocorreu o salvamento e disse que teve coragem para pular no rio, porque viu que a mulher ainda estava viva.

"Eu só entrei porque vi o olho, a boca e a mão dela se mexendo. Então, voltei em casa, peguei um isopor, quebrei e dei um pedaço pro Hudson e entramos na água. Ela estava com o corpo todo do lado de fora e 20 minutos depois estava só com a cabeça fora d'água. Do jeito que ela estava, se a gente demorrase mais, ela tinha se afogado. Então, peguei e tirei a cabeça dela de dentro da água, agarrei a mulher, perguntei se conseguia mexer os braços e as pernas e pedi para que ela ficasse quieta que eu ia tirar ela dali. Estávamos perdidos, tinha muito mosquito e a gente estava desorientado. O pessoal que estava em cima da ponte, nos ajudaram muito. Falaram onde ela estava e conseguimos encontrá-la. Ali é muito fundo e e se a gente pisasse em um lugar errado afundava", disse o serralheiro.

Paulo Ferreira lembra que a mulher ainda chegou a balbuciar uma frase de socorro: "Ô filho, por favor, me tira daqui".

O ajudante de pedreiro Hudson da Silva conta que sentiu medo de entrar no rio e após o resgate, só pensavam em acalmar a mulher. "Senti um pouco de medo. Não tenho costume de entrar lá e o mato segurava a gente. Deu medo demais. Ela não falava nada e estávamos tentando salvá-la. Foi muito cansativo...mas Deus estava com a gente", disse o ajudante de pedreiro Hudson.

"Já sou acostumado a entrar no rio para pescar e me senti bem por ter feito o resgate. Se eu não tivesse feito aquilo ali e ia ficar com a consciência pesada...foi uma sensação boa", acrescentou Ferreira.

O resgate da vítima demorou cerca de 1h e contou ainda com a ajuda imprescindível do comerciante Raimundo Machado Vieira-que ajudou os dois jovens- além do Corpo de Bombeiros.