O câncer de mama foi tema do quadro Saúde, do Notícia da Manhã, desta terça(13). O telejornal abordou o assunto durante o Movimento Outubro Rosa, criado para conscientizar as pessoas sobre esse mal que atinge milhares de mulheres. No Piauí, mais de 150 pessoas morreram por causa da doença em 2014 e em quatro anos 2.737 casos foram notificados no Estado. No Brasil, a cada ano são registradas 12 mil mortes.
O câncer de mama é uma doença associada a vários fatores, como: histórico familiar, menopausa tardia, obesidade, sedentarismo, alcoolismo, tabagismo e idade avançada.
Durante o quadro foi exibido o depoimento da funcionária Margareth Eulálio, que descobriu precocemente o câncer de mama. Segundo ela, o diagnóstico só veio através da mamografia, acompanhada da ultrassom. Ela disse que a noticia foi devastadora. "Qualquer mulher que descobre que está com câncer ela perde o chão. A reação é a pior possível. Não tem condições de dimensionar se aquilo vai ser possível de você tratar e se livrar do problema ou não", relatou.
A funcionária pública disse que fez o tratamento hormonal, sem passar pela quimioterapia ou pela radioterapia. Margareth falou que foi submetida a uma primeira cirurgia de retirada do quadrante e depois uma mastectomia(retirada da mama) preventiva, porque ja tinha histórico familiar para o câncer de mama.
No estúdio do Notícia da Manhã o médico oncologista, Sabas Carlos, ainda falou sobre a doença e revelou que a alta mortalidade, principalmente no Nordeste brasileiro, se deve a dificuldade de acesso das pacientes aos serviços de saúde.
O médico citou estudo feito pela UFPI com mulheres da zona urbana de Teresina, onde foi constatado que menos da metade das mulheres haviam realizado mamografia nos últimos dois anos. "Isso é muito preocupante, pois quando mais rápido iniciar o tratamento depois do diagnóstico, maiores chances de cura", disse.
De acordo com o oncologista, a chance de cura é praticamente de 100 por cento quando descoberto na fase inicial e tumores menores que 1 cm essa chance é superior a 90 por cento.
Sabas Carlos lemboru que a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que, a partir dos 40 anos, toda mulher faça uma vez por ano o exame da mamografia. E mulheres, com mãe, irmã ou filha, que tiveram câncer de mama, faça o exame a partir dos 35 anos.
Ainda na entrevista foi discutida a reconstrução da mama, garantida pelo SUS. O tratamento não vem beneficiando muitas mulheres por falta de profissionais preparados para realizarem o procedimento no serviço público. O médico disse que espera uma mudança dessa realidade nos próximos 10 anos com a capacitação de mais mastologistas. Ele reconhece o impacto psicológico e sexual que a perda da mama causa na mulher.
Veja na íntegra o quadro Saúde!
Marcelo Lopes
