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Vítimas são resgatadas 6 horas depois do acidente; família relata riscos

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Os corpos das duas vítimas que morreram após uma colisão entre o metrô de Teresina e o trem de carga da Transnordestina foram retirados das ferragens por volta das 22h, de ontem (11). Equipes do Corpo de Bombeiros tiveram dificuldades no resgate devido ao material dos veículos envolvidos. 

"A ferragem é muita dura e consistente, pois é feito com aço forte. Com dedicação e técnica resgatamos os dois corpos, infelizmente, as vítimas já estavam em óbito", disse o bombeiro Nélio Sousa.

As vítimas foram identificadas como o maquinista do metrô Gilvan Soares Brito e o auxiliar do trem Gilvan Camelo. Uma terceira pessoa que estava no metrô conseguiu escapar com ferimentos leves. Ao perceber que iria acontecer a colisão, Aderson Luis do Nascimento pulou do veículo. "Eu não vi nada. Foi de repente e eu pulei. Deus salvou a minha vida", disse.

O acidente aconteceu próximo ao cruzamento da linha férrea na avenida Higino Cunha por volta das 16h. O local é conhecido por registrar constantes acidentes, geralmente envolvendo carros de passeio. 

Entre as possíveis causas da colisão estão falha humana e falta de comunicação. 

"Ontem pela manhã, o metrô circulou das 5h45 e paralisou entre 8h40 e 9h e foi para a garagem, para que fosse feito o serviço de manutenção na linha com troca de dormentes, reposição de lastros nivelamento de linha. O metrô voltaria a circular após 16h, quando fosse concluído o serviço e principalmente retirada do trem de lastro que estava auxiliando na distribuição de brita para esse nivelamento de linha. Quando o metrô estava na linha, infelizmente esse trem de lastro ainda estava na linha. A gente não sabe e nem falou que houve liberação de empresa A ou B para que o trem entrasse na linha. Estamos nomeando uma comissão para fazer um levantamento e saber onde ocorreu a falha. Com certeza, existiram várias falhas, uma determinante para que ocorresse o acidente", explica Antônio Sobral, presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Público (CMTP). 

Pular do metrô

Os constantes riscos aos quais os funcionários do trem seriam expostos, diariamente, eram relatados à familiares. "Várias vezes, ele chegou lá em casa dizendo que faltou freio no trem, ele saía correndo mais o parceiro dele e pulavam da máquina", disse Edilson Neves, cunhado do maquinista. 

O corpo de Gilvan Soares Brito foi levado para a cidade de Amarante-PI. Já o corpo de Gilvan Camelo está sendo velado em Teresina e será encaminhado para a cidade de Codó-MA.

Durante esta quinta-feira (12), o metrô não circulará e só deverá retornar amanhã. 

 


Graciane Sousa
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