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Preconceito silencioso também é um alerta, diz senadora Regina

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Mais de 10 mil pessoas participaram nesta quarta-feira, 18, da 1ª Marcha das Mulheres Negras, em Brasília, numa mobilização contra o racismo, a violência e pelo bem viver. Dados do Mapa da Violência 2015, divulgados na semana passada, revelaram que de 2003 para 2013 o assassinato de mulheres negras cresceu 54,2%.

As mulheres negras, de acordo com o Censo de 2010, são 25,5% da população brasileira (48,6 milhões de pessoas). Eles representam mais de 92% dos trabalhadores domésticos (em 2012). Apenas 48,4% ocupam vagas de trabalhos formais, contra 64,6% dos homens brancos, numa clara comprovação de preconceito de cor que se estende também ao de gênero.

A senadora Regina Sousa participou da Marcha ao lado de inúmeras mulheres piauienses oriundas dos movimentos quilombolas, associações de mulheres, índias, agricultoras rurais, movimentos sindicais, ministras, parlamentares, dentre outros. Ela lembrou dos debates que estão sendo feitos no Senado através da Comissão de Direitos Humanos e incitou a participação popular.

Nesta quinta-feira, 19, o tema da audiência pública foi solicitado pela senadora e vai debater a situação da mulher negra no Brasil, aproveitando a Semana da Consciência Negra e a  Marcha das Mulheres Negras. “Temos que ter cuidado com o preconceito silencioso, com as formas implícitas de racismo. Não se resolve o preconceito com uma lei. Envolve todo um processo de educação. E o debate faz parte desse processo”, destacou Regina Sousa.

Os temas a serem tratados na audiência são: a saúde da mulher negra, mulher negra nos espaços de poder e decisão, a cultura da mulher negra e assistência social.

Da Redação
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