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Ex-vice-prefeito de São Julião pede prisão domiciliar e alega depressão

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O ex-vice-prefeito de São Julião Francimar Pereira, preso há dois anos acusado de ser o mandante do assassinado do ex-vereador Emídio Reis ingressou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça pedindo prisão domiciliar. Francimar alega avançado quadro de depressão em decorrência da ação penal que responde e da sua situação de prisão.

Procurado pelo Cidadeverde.com o advogado do ex-vice-prefeito, Virgílio Bacelar, afirma que tem exames que confirmam a doença de Francimar e acrescenta que o sistema penitenciário piauiense não tem condições de tratar seu cliente. "O sistema não tem condições de recuperar ninguém e ele está em auto grau de depressão. É doente. A penitenciária não tem como dar tratamento e direito a diginidade à ninguém", afirmou o advogado.

Francimar está preso na penitenciária de Picos e sua irmã é atualmente a Coordenadora de Finanças da Prefeitura. O advogado alega ainda a superlotação nas penitenciárias do Estado como um agravante da situação do cliente e afirma que tem diagnósticos que comprovam a doença de Francimar.

"Todas as penitenciárias estãos uperlotadas e não apresentam condições mínimas de resocialização. Ele foi diagnosticado e tenho o diagnóstico comprovando que ele foi consultado e teve o estado depressivo grave constatado", garantiu o advogado.

O advogado agora aguarda a decisão da Justiça a respeito do pedido.

Entenda o caso

Francimar Pereira foi apontado pela Polícia como mandante do assassinato do ex-vereador Emídio Reis, ocorrido em São Julião, a 380 quilômetros de Teresina, em fevereiro de 2013. Ele teria pago R$ 15 mil a Joaquim Pereira Neto pela execução do crime. Segundo apurou a Polícia, a vítima foi baleada e enterrada viva em uma emboscada.

O crime teria motivação política, uma vez que Emídio havia entrado com uma ação na Justiça que poderia resultar na cassação do vice-prefeito Francimar Pereira e do prefeito Zé Neci. A denúncia apontava para compra de votos e abuso dos poderes político e econômico - em julho deste ano, a Justiça Eleitoral cassou os dois.

Rayldo Pereira
[email protected]

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