O Ministério Público Estadual divulgou, na manhã desta quarta feira (25), que o álcool e drogas ílicitas- como crack, maconha e cocaína- potencializam em 70% a violência contra a mulher. O promotor Francisco de Jesus Lima, da 5ª promotoria Criminal de Teresina, divulgou os dados durante reunião no auditório da instituição. O levantamento foi feito com base em um software batizado de 'Ipenha'.

"Esse programa é uma espécie de sistema de banco de dados que reúne indicativos da Lei Maria da Penha", explica o promotor.

Teresina é pioneira na criação deste tipo de software, onde são computados os principais crimes cometidos contra a mullher, além da faixa etária, renda, município, etnia e outros indicativos que auxiliam na pesquisa e trabalho de prevenção à violência.

Durante o discurso, o representante do MP fez ainda uma brincadeira sobre o software. "Se tem o Ipod e o Iphone, temos agora o Ipenha, que é uma espécie de mapa da violência contra a mulher em Teresina. Atualmente, esse sistema funciona somente na Capital, mas defendo a democratização do banco de dados da Lei Maria da Penha para outras cidades do Estado", disse. 

Segundo o promotor, 8 mil processos de violência contra a mulher tramitam na Justiça. Em Teresina, ainda não ocorreu nenhum caso de Feminicídio. Além do álcool e drogas ilícitas, outro fator exacerbador da violência contra a mulher é o ciúme. 

Durante o evento será assinado um protocolo para buscar ações conjuntas entre o MP, Secretaria de Segurança, TJ e Coordenadoria da Mulheres para agilizar a resolução de processos que tramitam na Justiça em relação à mulher. Participam da reunião, a delegada Vilma Alves, a defensora Pública Lia Raquel Medeiros, o promotor Ubiraci Rocha, subprocurador Zélia Saraiva Lima.

Ações de prevenções

Entre as ações de prevenções está o projeto da Lei da Penha nas escolas para conscientizar estudantes sobre os crimes, além do laboratório da lei que é levado as universidades. 

 

Flash Yala Sena
Redação Graciane Sousa
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