Cidadeverde.com

Concurso do TJ: Greco assumirá investigação sobre suposta fraude

Imprimir

O coordenador da Central de Flagrantes, delegado Luciano Alcântara, informou que as investigações sobre o inquérito da suposta fraude no concurso público do Tribunal de Justiça do Piauí, ocorrido neste domingo (20), ficará a cargo do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). Quatro adultos e um adolescente foram encaminhados por suposta fraude no concurso do Tribunal de Justiça, na tarde de ontem(20). Quatro deles já foram liberados após pagarem fiança. 

Fotos: Carliene Carpaso
 

Os detidos foram identificados como: Evelyn Mariane Oliveira Ferreira, Francisco Ivanderson Alves da Silva, Wallace Araújo Reis, Bárbara Brenalle Teles de Oliveira e um adolescente de 17 anos. Dos quatro três pagaram fiança que variou de R$ 1.200 a R$ 3.940 e somente Evelyn Ferreira não pagou fiança e continua presa. A candidata tem registro de identidade de São Paulo. 

Ainda segundo o delegado, até o momento não se sabe se é uma quadrilha especializada ou se são casos isolados. As supostas fraudes ocorreram em cinco salas diferentes de aplicação da prova, entre eles, no Instituto Federal do Piauí (Ifpi) e da Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Eles iriam receber R$ 1 mil pela suposta fraude. 

O crime por fraude ao concurso público é de um a quatro anos de reclusão. 

“A polícia já tinha algumas informações. A coordenação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) já desconfiava que poderia haver uma tentativa de fraude e com isso chegamos na primeira suspeita e depois nos demais. O esquema funcionava com dois celulares onde um celular era lacrado e o outro permanecia com o candidato. A complicação era a retirada do celular da roupa, o que denunciava a fraude. Em alguns casos, os outros candidatos que ao perceberem o uso do celular denunciavam ao fiscal”, especificou o delegado Luciano Alcântara.

A polícia disse ainda que a candidata Bárbara, colaborou e em depoimento afirmou que conheceu um técnico de informática que indicou um agente municipal de trânsito, que iria passar o gabarito para ela durante a prova por mensagem de texto no celular. O valor só seria definido e pago se a fraude desse certo. 

Falsidade ideológica 

O adolescente de 17 anos foi detido ao sair do local da prova que realizava no lugar de outra pessoa, com uma identidade falsa. Ele alega que havia desistido da fraude, mesmo assim foi conduzido à Central de Flagrantes. 

O suposto candidato, identificado como Pedro Tobias de Freitas Neto, o qual o adolescente estaria fazendo a prova no lugar também deverá ser indiciado por fraude em concurso público. 

Para o adolescente, Pedro Tobias pagaria R$ 1 mil caso desse certo. O jovem de 17 anos foi liberado, já que o ato infracional correspondente à falsidade ideológica não cabe internação.   

 

Flash de Carlienne Carpaso 
Redação Caroline Oliveira
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais