Fotos: Jorge Badaue/Quem

Wanessa Camargo está animadíssima para o Carnaval. Destaque no desfile da escola de samba carioca Imperatriz Leopoldinense, que tem como enredo É o Amor... Que mexe com minha cabeça e me deixa assim... – Do sonho de um caipira nascem os Filhos do Brasil, uma homenagem à dupla Zezé Di Camargo & Luciano, a cantora desfilará será destaque no penúltimo carro alegórico da escola de samba, que terá ainda a presença da mãe, Zilu, e dos irmãos, Igor e Camilla Camargo.

Integrante de uma das famílias mais populares e queridas do Brasil, a cantora, que por um período passou a assinar artisticamente como Wanessa, volta a usar o Camargo. O pedido partiu do avô paterno, Francisco, e ajuda a colocar fim aos rumores que as relações familiares estavam desgastadas. "Tenho um orgulho enorme da minha família. Nunca tirei o Camargo do meu nome. Naquele momento musical, em uma transição para o mercado mais pop, foi necessário. Achei melhor. Estamos em um momento muito unido de família e meu avô deu a ideia. Na verdade, foi quase uma intimação (risos)."

Embora viva uma grande expectativa para o desfile de Carnaval, a cantora nega ter feito uma preparação especial ou mudança de dieta. "Estou sem malhar. Não estou fazendo nada. Nada mesmo", afirma ela, aos 33 anos, mãe de José Marcus, de 4 anos, e João Francisco, de 1, ambos de seu casamento com o empresário Marcus Buaiz.

 

Em um enredo que falará sobre sua família, imagino que os preparativos finais estejam animados. Como será sua fantasia?
O carnavalesco da escola, Cahê Rodrigues, não quis colocar a gente como personagem do Carnaval. Ele quis nos contextualizar dentro da história que será contada no desfile. O figurino foi pensado como uma roupa que eu usaria em um show e terá o predomínio das cores preta, prata e branca. A Camilla, minha irmã, também. É uma roupa que poderia usar nos palcos de teatro, por exemplo. Já a minha mãe usará uma fantasia. Ela será uma grande dama no carro.

Quem desfilará com você?
Eu, minha mãe, minha irmã e meu irmão estaremos juntos no último carro. Cada um em um espaço da alegoria. Vai ser muita emoção. Muitas vezes, até penso: “Será que vou aguentar?”

Mudou a dieta ou a preparação física para o Carnaval?
Que nada! Minha irmã faz crossfit umas quatro vezes por semana e eu aqui. Estou sem malhar, parada. Não estou fazendo nada. Nada mesmo. Mas quando penso nesse lance do “será que aguento?” não é pela limitação física, é pela emoção mesmo.

Sempre escuto que a emoção de estar em um carro alegórico é diferente de quem desfila no chão. Não pensou em um posto no chão para o desfile?
Não e te digo isso com toda a franqueza. Quando era bem mais nova, fui passista na Vai Vai, em São Paulo, em um ano. O sapato quase me matou (risos). Lembro disso e dou risada, mas no dia foi uma dor, um incômodo tão grande que eu pensei que teria que voltar de ambulância. Depois disso, aprendi: só desfilo se for no carro. O chão não é para mim (risos).

 

Você já desfilou em outros anos, mas este terá um gostinho especial por ser uma homenagem para a família. Já parou para pensar como vai controlar essa emoção?
Já vivi a experiências de desfilar no Carnaval carioca outras vezes. Em dois anos, saí pela Beija-Flor, mas essa vez nem dá para mensurar. Imagino que a emoção vá ser bem grande. No ensaio técnico na Sapucaí, a emoção já correu solta. É indescritível.

Quando soube o enredo da Imperatriz, você logo se imaginou na Avenida?
Quando soube que seria uma homenagem, fechei a agenda. Independentemente de desfilar, era uma data em que queria estar ali de alguma forma, afinal falará da minha família. Amo a minha família. Não poderia deixar de acompanhar.

 

A decisão de voltar a assinar o sobrenome após um período assinando artisticamente apenas como Wanessa tem a ver com esse momento familiar? É verdade que foi um pedido do seu avô?
Tenho um orgulho enorme da minha família. Nunca tirei o Camargo do meu nome. Naquele momento musical, em uma transição para o mercado mais pop, foi necessário. Achei melhor. Estamos em um momento muito unido de família e meu avô deu a ideia. Na verdade, foi quase uma intimação (risos). Meu trabalho novo é bem autoral e acho que é um bom momento para voltar com o sobrenome.

 

Como será essa nova etapa profissional?
Estou com uma expectativa gigante e com parceiros novos.  É o melhor trabalho da minha vida. Nele, quero passar minha vivência como mãe, esposa, filha... Posso adiantar que está bem eclético.

 

Durante nosso bate-papo, percebi que você gosta de acompanhar de perto o dia a dia dos seus filhos. É sempre assim?
Sou bem mãezona. Tenho que participar do dia a dia deles, gosto de acompanhar. Agora, que estamos no Rio nestes dias que antecedem o Carnaval, quero passear com eles, ir à praia. Faço questão de estar com meus meninos.

 

Eles vão te assistir pela TV?
O desfile será muito tarde, eles estarão dormindo. Mas, claro, gravarei e mostrarei o desfile para eles futuramente.

 

Quais são as suas principais recordações de Carnaval da infância?
Adorava Carnaval. Minha mãe me levava a bailinhos tradicionais com a minha irmã. Já morávamos em São Paulo. Minhas lembranças de Goiás são das minhas férias. Ficava lá por durante uns dois meses e era bem especial.

Nas redes sociais, surgem comentários que os Camargos são os Kardashians brasileiros. Enxerga semelhança? Se você tivesse que definir sua família, como seria?
Somos uma família como qualquer outra. A gente se ama, briga, se abraça, faz festa. Somos meio italianos, meio caipiras, uma mistura que nos torna uma família tipicamente brasileira. Os momentos em que a família está toda reunida são os mais incríveis. Estar em família é um momento muito nosso. São muitos tios, muitos primos... É uma sensação de conforto. Tenho certeza absoluta que isso nos dá uma força grandiosa. Graças a Deus, todos se dão bem. Cada um tem seu jeito, sua maneira de ser e respeitar isso é bem legal. Ainda mais em uma família louca de grande como a minha. Por parte de mãe, também tenho muitos tios, primos... É uma delícia.

 

E, afinal, mate a nossa curiosidade: o que mais curtem fazer quando estão juntos?
A gente joga baralho e ouve as piadas do meu avô. O Carnaval será especial para todos nós, mas acredito que terá um sabor especial para ele. Ele está em uma euforia grande e quer ganhar. Para ele, não será brincadeira. Meu avô tem uma alma especial.

 

Fonte: Quem