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Mangueira é a grande campeã do Carnaval do Rio

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A grande campeã do Carnaval foi escolhida nessa quarta-feira (10) na praça da Apoteóse. Em uma tarde quente, com a sensação térmica passando dos 40 °C, a Estação Primeira de Mangueira precisou esperar até o penúltimo jurado do último critério para soltar o grito de campeã. A apuração foi tão apertada que as quatro primeiras colocadas se alternaram no primeiro lugar ou permaneceram empatadas em primeiro durante boa parte da apuração, nota a nota, quesito a quesito.

O enredo "Maria Bethânia: A Menina dos Olhos de Oyá" foi proposto pelo carnavalesco Leandro Vieira. “Para mim, o enredo é um prazer. Alimentei por um tempo o desejo de ter este enredo sobre a Bethânia. Mais do que contar a trajetória musical e artística, queria fazer um enredo que dialogasse com a cultura brasileira e acho que a Bethânia representa muito bem este diálogo", disse.

Na busca pelo título do Grupo Especial, que havia sido conquistado pela última vez em 2002, a Mangueira celebrou os 50 anos de carreira da cantora baiana, fechando a noite com um desfile de luxo e sofisticação, além da presença de muitos artistas. Já o enredo da Unidos da Tijuca foi "Semeando sorriso, a Tijuca festeja o solo sagrado".

A quadra da verde e rosa, na Zona Norte do Rio, já estava cheia, mas ficou completamente lotada conforme o título se aproximou. Lá estava o carnavalesco Leandro Vieira. "Desconfiaram muito de mim, mas eu me empenhei para comemorar hoje", disse o carnavalesco.

O presidente Chiquinho da Mangueira já havia destacado paro o G1, antes do início da apuração, o trabalho do novo carnavalesco, Leandro Vieira, do coreógrafo da comissão de frente, Junior Scarpin, e do mestre de bateria, Rodrigo Explosão. 

" A gente acreditou em um novo carnavalesco que foi muito competente, veio do Grupo de Acesso. A Mangueira jurou a juventude com a tradição, respeitando a comunidade", disse Chiquinho.

O presidente citou ainda uma outra tradição da escola que, pra ele, também deu sorte esse ano. "Toda vez Que a Mangueira é a última de segunda-feira, ela faz um bom desfile. Quem torce pra Mangueira fica até o final e, quem não torce, também fica esperando pra ver  o que a escola vai fazer", explicou.

Bethânia e religião

O lado religioso da cantora foi uma inspiração forte para o carnavalesco Leandro Vieira. Nascida em Santo Amaro da Purificação, Bethânia é de família católica e iniciada no candomblé.

A comissão de frente era formada por 15 bailarinas negras com um figurino ousado, que fazia parte da coreografia e deixava os seios à mostra, como guerreiras Oyá – orixá relacionada à valentia.

A primeira porta-bandeira, Squel, apareceu "careca", com uma touca de látex que cobria a cabeça. Ela se apresentou vestindo uma fantasia grandiosa representando o Axé do candomblé.

O carro abre-alas, que representa Oyá e Oxum, orixás muito presentes na vida de Bethânia, lançava jatos de água numa destaque fantasiada de Oxum, a deusa que habita as águas doces. Outro destaque alegórico foi o carro com um enorme carcará, ave que deu nome à música que projetou Maria Bethânia nacionalmente.

Desfile estrelado

Muitos artistas, amigos e parentes de Bethânia, participaram do desfile - além da própria cantora. Um dos carros alegóricos veio estrelado, cheio de cantores e atores.

Entre eles estavam Caetano Veloso, irmão de Bethânia, e o filho dele Tom, Mart'nália, Adriana Calcanhoto, Chico César, Zélia Duncan, Lúcia Veríssimo, Regina Casé, Vanessa da Mata, Renata Sorah e Ana Carolina.

No chão e à frente do carro, foram Alcione, grande amiga de Bethânia, e Rosemary. No carro que representou a Bethânia católica, um dos destaques foi a sambista Beth Carvalho, mangueirense ilustre, que há dois anos não saía na escola. Também no chão, foram os atores Cauã Raymond e Aílton Graça – no segundo desfile da noite.

 

Fontes: Terra e G1

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