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Tenente da PM é apontado como dono da arma usada em tiro contra travesti

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Foto: Thiago Amaral/Cidadeverde.com

Atualizada às 12h30 (horário local)

O tenente da Polícia Militar que seria o dono da arma usada no disparo que atingiu Pâmela Leão, 23 anos, no Corso de Teresina, participará de acareação com as garotas presentes no momento em que ela foi baleada, segundo o delegado Ademar Canabrava. As versões do militar e da adolescente que confessou ter atirado na amiga serão confrontadas. 

Atrasado mais de uma hora, o militar chegou à delegacia do 12º Distrito Policial em um veículo da Corregedoria da Polícia Militar, onde também deve responder caso confirmado seu envolvimento. O policial afirma que teve a arma furtada antes do Corso, mas as garotas disseram que o proprietário estava dormindo no evento com a arma no chão ao seu lado. 

Na delegacia, ele prestou depoimento ao delegado reforçando o que registrou no Boletim de Ocorrência na terça-feira (2) após o evento. Segundo ele, sua arma foi furtada de dentro de sua casa, localizada no bairro Primavera. 

"Ele disse que foi furtada, ele reafirma isso. Só que está estranha essa história, porque a arma foi furtada no sábado e ele disse que foi trabalhar no Corso sem a arma, não comunicou ao superior e nem registrou Boletim de Ocorrência. O registro só foi feito três dias depois", disse. 

O delegado frisou que, até o momento, o policial é apenas suspeito de ser o proprietário da arma cujo disparo atingiu Pâmela. "Não temos confirmação de nada, estamos ainda investigando. Duas pessoas que ainda serão ouvidas são fundamentais para o caso. Caso confirmada a presença da arma dele, pode-se dizer que ele responderá por participação e negligência. Se havia realmente essa pessoa bêbada dormindo no chão com essa arma ao lado, ela vai responder", informou. 

A versão citada pelo delegado é a mencionada pelas garotas que estavam com a vítima. 

Matéria original

Um tenente da Polícia Militar, que não teve o nome revelado, é o principal suspeito de ser o proprietário da arma, uma pistola ponto 40, usada em um tiro acidental que atingiu a travesti Pâmela Beatriz Leão, 23 anos, no Corso de Teresina. Ele não havia comparecido ao 12º Distrito Policial (Planalto Ininga) até as 10h30 desta quarta-feira (17), como estava marcado. 

A travesti continua internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Teresina (HUT) desde o dia 30 de janeiro, data do fato. 

Mais duas pessoas fundamentais para o caso serão ouvidas nesta quinta-feira(18) pelo titular do 12º DP, delegado Ademar Canabrava, que chegou ao militar após investigação da polícia. 

“Temos dois depoimentos para colher que são de grande importância para descobrir quem o real proprietário dessa arma. A nossa pista é o registro de um boletim de ocorrência de furto de uma arma com características semelhantes somente na terça [dia 2], após o Corso de Teresina, onde o tiro aconteceu”, revelou o delegado. 

Canabrava disse ainda que o militar será intimado apenas uma vez para prestar depoimento sobre o caso, o prazo máximo é a próxima sexta-feira (19). 

 
Flash de Maria Romero
Redação Caroline Oliveira
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