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Polícia cumpre mais de 100 mandados em operação sobre fraude no concurso do TJ

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Atualizada às 9h28

A movimentação é intensa na Academia de Polícia Civil , onde estão sendo conduzidos parte dos investigados na operação Véritas, que apura fraude no concurso do TJ e também na prefeitura de Capitão de  Campos. Até o momento,  27 pessoas foram presas, entre eles, um agente penitenciário e um policial civil. Também estão sendo investigados agente de trânsito e um analista do Ministério Público, que são suspeitos de participação no golpe.

O organograma sobre o funcionamento do grupo criminoso será apresentado ainda pela manhã em entrevista coletiva à imprensa.

Matéria original

Mais de 70 pessoas foram conduzidas pela Polícia Civil suspeitas de envolvimento na fraude do concurso do Tribunal de Justiça do Piauí, que ocorreu em dezembro de 2015. A operação intitulada Veritas foi desencadeada na manhã desta quinta-feira (10) pelo Grupo de Repressão ao Crime de Organizado (Greco) que investiga também fraude no concurso público da prefeitura de Capitão de Campos, no interior do Estado. 

"As investigações ocorriam antes mesmo da realização do concurso e mostraram que existia no Piauí uma organização criminosa especializada neste tipo de crime. No ano passado, cinco pessoas foram presas e o depoimento delas foi essencial para descobrir o possível envolvimento de mais suspeitos", disse o coordenador do Greco, Carlos César Camelo, em entrevista ao Notícia da Manhã. 

Até o momento, 17 pessoas foram presas e um menor apreendido. Os suspeitos ainda não tiveram a identidade revelada, mas o Delegado Geral da Polícia Civil, Riedel Batista, confirmou a participação de agentes penitenciários, policiais civis e servidores de outros poderes.

"Infelizmente tem policiais e servidores público que enveredam para esse caminho. Estamos tendo cautela nas conduções para que todos sejam ouvidos e seja dado o direito de ampla defesa aos supeitos. A quadrilha tem várias ramificações e eles ajudavam de alguma forma, no sentido de fazer provas, de colaborar na divulgação destes gabaritos. A investigação foi muito complexa e, por infelicidade, houve a identificação desses agentes. A equipe está em campo e quase todos os mandados já foram cumpridos.", disse o delegado geral. 

Riedel Batista explica que a Corregedoria também está no caso para promover a apuração administrativa imediata dos agentes da Polícia Civil. "Os servidores dos outros poderes serão comunicados sobre todas as provas colhidas no inquérito para que cada secretaria estabeleça o procedimento disciplinar competente", reitera. 

Ao todo estão sendo cumpridos mais de 100 mandados judiciais, sendo 37 de prisão, 46 de condução coercitiva e 34 de Busca e Apreensão, além da apreensão um adolescente. Aproximadamente 200 policiais civis atuam na operação que ocorre em Teresina, Barras, Piripiri e Campo Maior, Floriano e outras cidades do Piauí e Maranhão. 

"Essa organização criminosa contratava uma pessoa que tinha certo conhecimento para fazer a prova. Quando essa pessoa saía, passava o gabarito para a organização que repassava para o candidato que pagava pela informação em troca da aprovação", reitera Camelo sobre o funcionamento do esquema fraudulento.

Concurso não será anulado

O novo presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, o desembargador Erivan Lopes, disse que o concurso não será anulado. O magistrado ressalta que os suspeitos comprovadamente envolvidos na fraude- se por acaso tiverem sido aprovados- serão excluídos do chamamento do TJ. 


Graciane Sousa
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