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Tradição de comer peixe na Semana Santa, leva cerca de 15 mil pessoas ao Mercado do Peixe

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Nos últimos cinco dias, pelo menos 15 mil pessoas passaram pelo Mercado do Peixe, localizado na Zona Sudeste de Teresina, para manter a tradição de comer peixe durante a Semana Santa. A informação é do diretor do Mercado, Francisco de Assis Mesquita. O local é conhecido por possuir diversas opções de peixes, que é o prato principal nas mesas das famílias católicas no período da quaresma. Nesta sexta-feira (25), o Mercado estará aberto. 

Apesar da crise, a proprietária de um dos box no Mercado, Nádia Miranda, comentou que a semana foi bastante movimentada e, nesse período, chegou a vender 2 mil quilos de peixes; os mais vendidos foram tilápia, branquinho, pardo e piratinga.  

“Nessa semana, nós chegamos a vender 50% a mais com relação aos demais meses. Trabalho aqui há cinco anos e as vendas, nesse ano, foram boas”, comentou Nadia. Ela disse ainda que o ritmo de trabalho foi intenso desde a última segunda-feira (21) e, na quinta (24), às vésperas da sexta-feira santa, a demanda aumentou de forma considerada. 

Com relação aos peixes mais procurados, a média de preço por quilo, nesta semana, é Tilápia por R$ 15, branquinho por R$ 17, piratinga por R$ 25 e pardo por R$ 32. O famoso bacalhau chega a R$ 40. Já a pescada amarela está de R$ 28 (com cabeça) e R$ 33 (sem cabeça), e o tambaqui por R$10.

Tradição em família 

O taxista Flávio Silva, de 35 anos, é uma das pessoas que faz questão de manter a tradição de evitar comer carne vermelha na sexta-feira santa. Ele foi acompanhado com dos filhos Vinicius, de 9 anos, e Maria Morena, de 5 anos, ao Mercado para garantir o peixe no almoço em família. 

“Eu vim com os meus dois filhos justamente para eles começarem a conhecer essa tradição, que é muito importante na minha família”, declarou Flávio. 

 

Flávio e os filhos Vinicíus e Maria Morena no Mercado do Peixe (Foto: Carlienne Carpaso)

Os irmãos José Lima, de 44 anos, e Maria Lima, de 45, também são religiosos e fazem questão de manter a tradição. “Essa tradição faz parte da minha família. E me lembra muito a minha avó, que faleceu recentemente. Então, esse momento também me faz lembrar dela e seguir os ensinamentos que ela me passou. Por isso, já vim garantir o peixe”, disse José. 

Além de compartilharem essa tradição religiosa, Flávio e José também partilham outro pensamento: o preço dos peixes. 

Flávio limitou-se a dizer que “esse nesse ano os preços estão bem mais caro do que no ano passado”. Já o pedreiro José compara os valores cobrados pelos comerciantes com o teor de sal que é colocado em um dos peixes.  “O preço está salgado que nem o Bacalhau”, afirmou, citando que optou por comprar tambaqui, piau, manjubinha e camarão. “Por incrível que pareça só essas sacolinhas deu R$90. Os dois tambaquis foram uns R$40. Foi o jeito comprar porque tradição é tradição”, disse. 

Pelo menos 15 mil pessoas passaram pelo Mercado do Peixe  (Foto: Carlienne Carpaso)

Carlienne Carpaso
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