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PM e secretário de Miguel Alves são presos suspeitos de sequestrar presos

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Francisco James Araújo, policial militar de Campo Maior, Odivan Torres, secretário de comunicação de Miguel Alves e mais duas pessoas foram presas pela Polícia Civil do Piauí nesta quinta-feira (31) suspeitos de envolvimento no resgate e nas mortes de dois presos no município de Buriti (MA) em fevereiro deste ano. Sabino Neto Cardoso dos Santos e Leonardo Vieira Silva, conhecido como "Cafuringa". Os presos sequestrados e mortos eram suspeitos do homicídio do empresário Kaleu Torres, sobrinho do secretário.  

Sabino e Leonardo estavam presos na delegacia da cidade maranhense e foram sequestrados por um casal que fingiu querer registrar um boletim de ocorrência. Os dois em seguida foram encontrados mortos e com os membros decepados em um povoado de Miguel Alves.

Os dois estavam presos acusados de assassinarem o empresário durante uma festa de Carnaval em Buriti. De acordo com o delegado Willame Moraes, gerente de policiamento do interior no Piauí, houve uma delação premiada feita a dois promotores. A pessoa participou do crime e relatou como tudo ocorreu. A Polícia possui filmagens, termo de declaração e o inquérito foi concluído.

Foram presos hoje o policial Francisco James Araújo - Odivan Fortes Torres (secretário de comunicação da prefeitura de Miguel Alves e tio do empresário Kaleu), Yuri Torres (sobrinho de Odivan) e Joaquim Pontes, preso em Piracuruca.

"Estamos dando continuidade às investigações onde dois presos foram arrebatados. No primeiro momento aquelas pessoas teriam  participado da execução e no decorrer da investigação colhemos novas pessoas, com participação menor e eles auxiliaram de alguma forma na execução do homicídio. Um foi ver que a cidade estava calma, outro que acompanhou até o portão, todos com alguma participação foram presos e inclusive houve participação de menores no crime. O PM participou diretamente da ação na delegacia", disse Willame.

No dia 1º, foram cumpridos mandados de prisão contra: a professora Claudiane Lopes do Nascimento Pereira; o instrutor de academia José Iranilton Silva; sua esposa, a professora Sandra Vaz da Silva; o lavrador Eder Jerônimo Vaz, que eram amigos de infância de Kaleu; e também o irmão de Kaleu, o granjeiro Vítor Pontes Fortes Torres e seu padrasto, o autônomo Marcones Plínio Araújo.

 

O crime

O delegado declarou no dia 1º deste mês que este foi um dos crimes mais crueis que já viu em sua carreira e que, durante a tortura, os dois ficaram vivos durante 12 horas. 

"Poucas vezes na minha carreira como delegado eu vi algo assim. Eles foram tratados de forma muito cruel. Os dois tiveram seus olhos perfurados, as orelhas arrancadas, mãos e pés decepados e foram eviscerados [tiveram as vísceras retiradas]. Tudo isso em vida", declarou. 

 

Maria Romero e Rayldo Pereira 
[email protected]

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