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Ciro cancela reunião em Brasília e garante que PP permanece no governo

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O senador Ciro Nogueira, presidente Nacional do PP, anunciou na manhã desta quarta-feira (6) que foi cancelada a reunião que iria acontecer hoje a tarde para definir a situação do partido sobre o governo Dilma Rousseff. Ciro garantiu que o PP continua na base do governo. Ele também afirmou que até a votação do processo de impeachment não terá discussão interna se a sigla deixa ou não a base governista.

O senador também descartou que o PP esteja articulando a permanência do apoio à base em busca de ocupar cargos no governo federal. “Nós não vamos discutir mais rompimento com o governo até a votação na Câmara. Da mesma forma, não vamos negociar nenhum tipo de participação seja com o governo da presidente, seja com um provável ou possível governo de Michel Temer, e não iremos assumir nenhum cargo”, afirmou o senador.

Na entrevista, ele afirmou que a própria ala pró-impeachement do partido, que havia solicitado a reunião ontem para votar a continuidade ou não no governo, foi a mesma que pediu, através de documentos, o cancelamento hoje. Então, Ciro decidiu cancelar a reunião e convocar uma coletiva para esclarecer as últimas notícias.

“O partido é um partido democrático, se tivesse número para desembarcar, teria reunião”, disse. “Há tendência de rompimento na cabeça de alguns. Mas, ficou claro que a maioria não quer romper com o governo da presidente Dilma”, completou o senador.

O senador Ciro Nogueira havia marcado para hoje a reunião das bancadas do partido na Câmara e Senado, antecipando uma que estava prevista inicialmente para ocorrer somente em 11 ou 12 de abril. Ele esclareceu que foi uma solicitação dos deputados que o encontro fosse antecipado.

Atualmente, depois do desembarque do PMDB da base aliada, as especulações são de que o PP, que já comanda o Ministério da Integração Nacional, ganharia mais espaço na Esplanada dos Ministérios em um movimento de "repactuação" da coalizão e que estava fazendo da votação no partido um “balcão de negócios” para que a sigla não deixasse o governo em troca de cargos.  

“Essa é uma situação que nós estamos discutindo dentro do partido”, afirmou.  Apesar disso, ele comentou que a orientação é se manter a favor do governo. “O PP tem grande parcela que vota pelo impeachment, que deve ser respeitada, mas a orientação partidária é de estar ao lado da presidente neste momento”, concluiu.

Lyza Freitas (Com informações do G1)
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