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Assessor é acusado de matar colunista social

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O corpo do jornalista Marcolino Junior, de 46 anos, foi enterrado na noite desta terça-feira (19) no cemitério Parque dos Arcos, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Uma missa foi celebrada para amigos e familiares antes do sepultamento. O colunista social foi encontrado morto na segunda-feira (18) no município de Sairé, dois dias após o desaparecimento dele.

Às 16h30 desta terça, o corpo foi liberado no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife, segundo informou a Secretaria de Defesa Social.

A Polícia Civil acredita que um dos motivos para o assassinato do jornalista Marcolino Junior foi o interesse do assessor pessoal - apontado como suspeito de planejar o crime - nos bens da vítima. "Ouvimos [o assessor de Marcolino] e constatamos que ele reclamava constantemente do salário que recebia. Ele se mostrava insatisfeito por receber R$ 200 por semana", informou o delegado Marcio Cruz.

O delegado ainda assegurou que o crime havia sido "planejado há um certo tempo". Outro homem foi preso, além do assessor do jornalista, e há a possibilidade de uma terceira pessoa estar envolvida no caso.

"Podemos afirmar que o funcionário de Marcolino arquitetou o assassinato e que o outro envolvido ficou a cargo de se desfazer dos objetos, mas não podemos dizer quem foi que matou o jornalista", disse Marcio Cruz.

O delegado de homicídios Bruno Vital explicou que as investigações seguem em sigilo, já que o inquérito do caso ainda não foi concluído. "Não podemos falar detalhes porque a maioria das informações são sigilosas, como a identidade do possível executor do crime. Vamos esclarecer tudo, mas é preciso tempo. O momento agora é de trabalho", ressaltou.

O resultado completo das investigações deve ser divulgado em 30 dias, mas pode demorar mais um pouco, conforme informou o diretor de polícia do interior, Nehemias Falcão.

Em nota divulgada na terça-feira (19), a Secretaria de Defesa Social informou a causa da morte do jornalista. "[A morte foi causada por] choque hipovolêmico (hemorragia), gerado a partir de ferimentos na região do pescoço, utilizando instrumento pérfuro-cortante", diz a nota.

Dois presos
Os dois homens presos devem ser indiciados por ocultação de cadáver e latrocínio e foram encaminhados para a penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru.

De acordo com o delegado Marcio Cruz, um dos suspeitos teria sido preso ao tentar vender o carro e disse à polícia que receberia R$ 1 mil do assessor da vítima para se desfazer do veículo. Ele confessou a participação no crime.

De acordo com o perito criminal Bruno Santos, do Instituto de Criminalística (IC), o carro de Marcolino Junior será periciado ainda nesta terça-feira. "Não sabemos se a perícia termina hoje. Vai depender do grau de complexidade", informou Bruno Santos.

Entenda o caso
O corpo do jornalista Marcolino Junior foi encontrado na tarde de segunda-feira (18), na zona rural de Sairé, no Agreste de Pernambuco, segundo a Secretaria de Defesa Social. O colunista social de Caruaru estava desaparecido desde a tarde do sábado (16), segundo a família.

Câmeras de segurança
Imagens gravadas pelos circuitos de vigilância de um mercado e de uma pousada de Caruaru registraram momentos nos quais o jornalista foi visto antes de desaparecer, às 14h do sábado (16). As imagens foram divulgadas no ABTV 1ª edição de segunda-feira (18).

No vídeo de segurança do mercado é possível ver o jornalista fazendo compras com a mãe. O colunista social também foi visto entrando em uma pousada para visitar um amigo.

Residente em Caruaru, Marcolino Junior foi visto pela última vez no sábado (16) antes de desaparecer. Ele almoçou com a mãe e depois saiu de casa, não sendo mais encontrado após tentativas de ligação e mensagens no celular desde então.

Fonte: G1 Caruaru

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