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Produtores do PI vão à Bahia em busca de técnicas para o campo

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Esta semana, produtores rurais da microrregião de Picos, cidade localizada a 306 quilômetros ao sul de Teresina, participam de missão técnica aos municípios de Cristópolis e Canavieiras, no interior baiano.

As visitas foram viabilizadas pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Senar. O grupo que está em Cristópolis é acompanhado pela gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios da instituição, Geórgia Pádua; e pela analista do Escritório do Sebrae em Picos, Mercês Campos.

Cristópolis é referência para o país no cultivo de alho, por meio da tecnologia de Alho Livre de Vírus, ALV. Essa técnica consiste na plantação do alho semente, garantindo maior produtiva e melhor qualidade do produto.

“Estamos executando o Projeto Revitalização da Cultura do Alho na região de Picos. Viemos conhecer de perto como funciona esse trabalho de plantio com ALV. Queremos replicar a técnica no Piauí, garantindo maior qualidade ao produto e gerando renda para os envolvidos na atividade”, afirma a gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios do Sebrae no Piauí, Geórgia Pádua.

O Projeto Revitalização da Cultura do Alho atende produtores dos municípios de Monsenhor Hipólito, Santo Antônio de Lisboa, Sussuapara, Oeiras, São João da Varjota e Paes Landim, tendo o apoio das prefeituras municipais.

Implantada em 2002, a tecnologia do ALV alavancou a produção de alho em Cristópolis de 700 toneladas/ano para aproximadamente duas mil toneladas/ano. Anteriormente os produtores classificavam o alho, e os bulbos (cabeças) menores eram utilizados como sementes para o próximo plantio, o que prejudicava a qualidade da cultura. O alho plantado ia se tornando cada vez pior.

Antes os produtores recebiam R$ 0,93/kg, remuneração muito abaixo da média da Bahia e do Brasil. Com alhos maiores e melhores, o valor pago aos produtores de Cristópolis aumentou para R$ 4,50/kg. A receita com a comercialização do alho saltou de R$ 700 mil para R$ 9 milhões por ano.

O grupo que vai a Canavieiras será acompanhado pela analista do Escritório do Sebrae em Picos, Mercês Dias. Naquela cidade, os produtores irão conhecer o trabalho desenvolvido pela Cooperativa da Unidade de Pólen de Canavieiras, Coaper. A ideia é que eles possam trocar experiências quanto à produção e comercialização do pólen apícola, produto com alto valor agregado.


Da Redação
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