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Garota morre na Maternidade Evangelina Rosa após tentativa de aborto

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A garota Jaíssa Ravena Silva Oliveira, 13 anos, morreu nessa quarta-feira (20) na Maternidade Dona Evangelina Rosa, zona Sul de Teresina. De acordo com o diretor da unidade, médico José Brito, a suspeita da equipe médica é de que a garota tenha ingerido uma medicação abortiva. Outras duas mortes de mulheres também aconteceram nessa madrugada na naternidade, uma por insuficiência hepática, outra por insuficiência respiratória

O diretor informou que a menina chegou ontem na maternidade com sangramento intenso, que foi a causa da morte. Os médicos não conseguiram conter a hemorragia. Ele também confirmou que já ocorreram cinco mortes na Evangelina Rosa só este ano, três delas tendo ocorrrido de ontem para hoje. 

Ainda não há informações sobre a idade gestacional ou sobre quem seria o pai da criança que a menina estaria esperando. Sendo maior de 18 anos, o homem pode responder por estupro de vulnerável, já que a garota tem menos de 14 anos, conforme prevê o código penal. 

Conselheira tutelar

Em entrevista ao Notícia da Manhã, a conselheira tutelar Ana Amélia Silva Menezes disse que conversou com a mãe da menina e o caso já foi repassado para a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA). Ela reforça que há fortes indícios de que a garota tenha tomado algum remédio abortivo. 

"Será investigado se o pai era um adolescente ou maior de idade, como se deu esse envolvimento, se a família tem ou não responsabilidade diante da situação. Será um trabalho investigativo da DPCA e do Conselho Tutelar. Ela chegou com forte hemorragia e tudo indica que foi aborto. Tivemos com a mãe uma conversa muito simples, porque ela ainda está muito abalada. Só informamos que o Conselho Tutelar já está ciente do que ocorreu", explica a conselheira. 

Ana Amélia Silva acredita que, na próxima semana, a mãe já deve prestar esclarecimentos, mas a decisão depende do colegiado do Conselho Tutelar que já solicitou a cópia do laudo de morte para saber o que causou o óbito de Ravena. 

"Soubemos do caso através da mídia e da própria maternidade. De imediato, fomos à maternidade, mas o corpo já havia sido liberado com autorização da mãe para o Serviço de Verificação de Óbito para saber o porquê da morte. Quando a gente chegou ao SVO, o corpo já havia sido levado para o IML e ao chegarmos lá, já havia sido liberado para a família. Contudo, já foi feita  necropsia, conversamos com um funcionário do IML que nos enviará uma cópia do laudo para que a gente possa tomar todas as providências", reitera a conselheira. 

 

Maria Romero e Graciane Sousa 
Com informações de Tiago Melo (TV Cidade Verde)
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