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Mais de 20% da população adulta do Piauí sofre com hipertensão

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Cardiologista com equipes de saúde desenvolvem, durante toda a manhã desta terça-feira (26), atividade em alusão à campanha nacional de prevenção e combate à hipertensão. A pressão alta é um problema grave e acomete mais de 20% da população adulta piauiense, sendo a maioria homens 21,9% e cerca de 20,4% mulheres, de acordo com a última atualização da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em 2013. 

Por ano, 350 mil brasileiros morrem todos os anos com alguma doença cardiovascular. Atualmente, a hipertensão é a principal causa de morte no mundo. A coordenadora de Atenção à Saúde do Adulto e Idoso, Valdite Costa ressalta que o evento tem como objetivo identificar pessoas com indícios da doença e orientar sobre o encaminhamento nas unidades de saúde.

Durante a ação, que acontece na praça João Luís Ferreira, em Teresina,  serão realizados aferição de pressão, testes de glicemia e orientações nutricionais.

"A hipertensão não tem cura, mas com o reconhecimento e controle, as graves consequências da pressão alta podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua condição e mantenham-se em tratamento”, ressalta Costa.

A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. Mudanças de hábito como reeducação alimentar, atividade física também são capazes de promover a saúde com mais qualidade de vida, reduzindo a obesidade, hipertensão, diabetes e outras doenças.

O cardiologista Elisiário Júnior chama atenção para um problema grave:  80% da população brasileira hipertensa negligencia o uso de medicamentos.

"O abandono da medicação é o que há de mais grave. Se todos os brasileiros tomassem regularmente o remédio para a hipertensão, a cada ano nós teríamos 51 mil mortes a menos por infarto e 63 mil mortes a menos por AVC. O grande problema de tudo isso é a falta de adesão ao tratamento. A hipertensão é uma pandemia. A cada dois minutos, morre um brasileiro vítima de doenças cardiovasculares. Se medidas preventivas não forem tomadas pelas sociedades médicas, poder público e população, em 2020, o Brasil será o 1º país do mundo com maior mortalidade por doença cardiovascular", destaca o médico. 

 

Graciane Sousa
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