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Família de jovem que morreu após tiro no Corso diz que amigas mudaram depoimento

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O velório da Pâmella Beatriz Leão, 23 anos, começou por volta do meio-dia, na residência dos pais, na Santa Maria da Codipi, região da Santa Maria da Codipi. O pai da vítima Reinaldo Gomes da Silva passou mal e teve que ser amparado por familiares. A mãe Francisca Sousa Santos disse apenas: "ele foi forte até ontem".

A irmã da jovem Cristiane Gomes da Silva também estava inconformada com a morte e pede Justiça pela morte. "Eu quero Justiça. Eu não quero que fique assim. Meu irmão se foi, enquanto eles estão por aí soltos. Eu quero Justiça, pelo amor de Deus. Quem atirou a gente já sabe", disse a irmã. 

Uma adolescente de 17 anos foi apontada como responsável por efetuar o disparo. Ainda no mês de fevereiro, ela- que também é travesti- prestou depoimento no 12º DP, e disse que estava dançando com grupo de amigas a música “Paredão Metralhadora” com a arma na mão quando o disparo acidental ocorreu. A família discorda desta versão. 

"O dono da arma não aparece, nem onde a arma estava ou para onde foi. Parece que cavaram um buraco e a enterraram dentro e pronto. Fomos no 12º DP e disseram que vão passar o caso para a Delegacia do Menor Infrator. Queremos esclarecer quem é a arma, de onde apareceu e quem é o dono. Meu irmão se foi e isso não pode ficar assim", acrescenta. 

Cristiane Gomes também faz um desabafo e conta que uma das amigas de Pâmella, que estava no momento do ocorrido, mudou o depoimento na delegacia. 

"Uma das amigas disse que conhecia o policial e que ele estava sentado e dormindo com a arma no braço da cadeira. Hoje, fomos na delegacia mais uma vez, e ela já disse que não conhecia o policial", lamenta a irmã. 

O corpo de Pâmella Beatriz será enterrado nesta quarta-feira (04), em um cemitério da região Norte. A jovem morreu na noite de ontem em consequência de um tiro na cabeça durante o Corso de Teresina, no fim do mês de janeiro. Ela permaneceu hospitalizada por mais de três meses no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e, inicialmente, reagia bem ao tratamento, mas teve complicações, inclusive uma hidrocefalia, e teve que ser submetida a algumas cirurgias. A causa da morte teria sido falência múltipla dos órgãos. 

Graciane Sousa
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