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Laudo preliminar aponta abuso sexual em menina que morreu por intoxicação

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O Instituto de Medicina Legal (IML) confirmou nesta quarta-feira (4) que um laudo do Serviço de Apoio à Mulher Vítima de Violência Sexual (Samvis) indicou que a menina Francisca Alice Silva Barreto, 10 anos, sofreu abuso sexual. Ela morreu por insuficiência múltipla dos órgãos, supostamente causada por intoxicação, após passar 15 dias internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Ainda de acordo com o IML, a criança tem cicatrizes antigas que indicam a participação dela em rituais de "magia negra".

"O laudo de possível conjunção carnal é do Samvis, e em outro laudo a gente encontra cicatrizes antigas, que demonstra claramente que isso não se resumiu a uma situação recente, inclusive com algumas coisas de conotação a rituais", explicou o diretor do IML, Antônio Nunes.

Os exames realizados até agora descartaram a hipótese de envenenamento por veneno de rato, mas novos testes procuram descobrir a causa da morte da menina.

"A partir de agora a gente passa para outro foco, que é a pesquisa de substâncias no sangue que foi retirado da menina (quando ainda estava viva) e principalmente também o conteúdo do estômago, porque no sangue, com o certo tempo que ocorreu o fato, pelo metabolismo, pode já ter uma dosagem muito baixa que a gente não consiga detectar, já o conteúdo gástrico, se ela tiver ingerido a substância e não tiver esvaziado todo, a gente tem boas chances de conseguir detectar", informou Antônio Nunes.

Por enquanto, o IML descartou o envio do material coletado para ser examinado em outro Estado. "Nós entramos em contato com uma instituição aqui que tem alguns equipamentos que podem nos ajudar muito a detectar alguma substância. Então será feito aqui com acompanhamento de alguns de alguns peritos criminais que depois produzirão um laudo, esse laudo vai para o IML onde o médico vai analisar e ver se alguma das substâncias tem importância dentro da causa da morte", finalizou Antônio Nunes.

Além do sangue, um líquido encontrado no local onde supostamente aconteceu o ritual será analisado para verificar quais substâncias estão presentes no conteúdo. A previsão inicial é que até o dia 15 de maio os resultados estejam prontos.

Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
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