Um documento, elaborado por pré-candidatos a vereador do PT, propõe fim da candidatura de Júnior MP 3 à Prefeitura de Teresina. A proposta será encaminhada ao diretório municipal. "Queremos uma decisão oficial ainda esta semana", disse o vereador Edilberto Borges, o Dudu, que defende o PT no palanque do pré-candidato do PTB, Amadeu Campos. Pela proposta, o PT indicará o vice de Amadeu, que hoje à tarde terá reunião com os pré-candidatos a vereador pelo PT.

Dudu afirma que o PT não vai aceitar essa candidatura “goela a baixo”. Segundo ele, quase 90% da executiva municipal quer uma aliança e acha que o nome de Júnior do MP3 não é viável no momento. Ele diz que a resolução com o pedido será apresentada amanhã na executiva e que hoje já tem uma reunião marcada com Amadeu. “Esperamos que a gente bata o martelo agora para que a gente possa já construir essa aliança”.

“Tivemos reunidos e chegamos a conclusão de que nesse momento não é viável a candidatura própria, porque caso o PT queira manter, ele vai ficar no isolamento e isso irá prejudicar estratégia do partido. Na resolução, os pré-candidatos a vereador vão estar dizendo que entendem que o momento é difícil e que não podem correr o risco de diminuir a bancada de vereadores, nós temos é que ampliar, que a gente não pode declinar de conversar com outros partidos para formar um bloco de partidos de oposição ao Firmino, para que possa construir uma candidatura viável”, explicou Dudu. 

O parlamentar diz que a ideia é conversar com outros candidatos, para construir a viabilidade de candidatura com outro partido. “O principal ator hoje é o PTB, porque foi muito correto com a gente no Congresso, na sustentação do governador Wellington Dias, reúne uma candidatura que hoje é viável, que é a do jornalista Amadeu Campos, aonde lá do lado tem o Elmano, tem o Fábio Abreu, e nós temos aqui figura importantes, além do governador, tem Rejane Dias, três vereadores, 19 pré-candidatos a vereadores, enfim, a gente pode estar discutindo com PHS PRO PTC ,PTN, esses partidos todos já disseram que com uma candidatura agora do PT não seria viável fazer esse bloco de partidos juntos”.

Continua o partido como sempre, sem dono, não vamos agora pegar de goela a baixo e ter uma candidatura agora porque quer, por condição própria, e empurrar o partido em um abismo. Temos que ter responsabilidade, precisamos construir um programa a altura do povo de Teresina. Construir uma candidatura que possa trazer outros partidos. 

Para o vereador, no PT não vai ter nenhuma resistência para que a resolução seja acatada, até porque cerca de 90% do diretório concorda com a proposta da aliança. “O Júnior não pode impor a vontade dele em cima de todos nós. Eu entendo que é uma candidatura legítima, que ele tem as condições, que ele poderia ser um bom prefeito, mas no momento não é viável estrategicamente para o PT e nós não podemos ficar engolindo uma posição do Júnior a qualquer preço e custo, em cima de apu e pedra. Então não vamos aceitar esse tipo de afronta”. 

 

Lyza Freitas
[email protected]