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Um mês depois Alepi aprova moção de repúdio a Bolsonaro por exaltar coronel

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A Assembleia Legislativa do Piauí aprovou, nesta terça-feira (24) requerimento da deputada Flora Izabel (PT) pedindo moção de repúdio ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) por ter homenageado o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado da prática de tortura durante o Regime Militar, ao votar a favor do pedido de abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara Federal.

Flora Izabel justificou que o coronel Carlos Alberto Ustra foi acusado não somente da prática de tortura, mas, também, de estuprar mulheres que faziam oposição à ditadura militar. Ela acusa ainda Jair Bolsonaro de ter cometido crime de homofobia contra o deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ) durante a votação do impeachment. 
 
Flora Izabel disse que apresentou a Moção de Repúdio pelo fato do deputado Jair Bolsonaro tem feito apologia ao crime de tortura por homenagear Carlos Alberto Brilhante Ustra, processado pela Comissão Nacional da Verdade que apura crimes de tortura no Brasil. “Jair Bolsonaro resgatou o que há de mais podre na história brasileira, que foi a tortura e as violações aos direitos humanos, e valorizou o terrorismo de estado praticado pela ditadura militar. A maior gravidade é que Jair Bolsonaro fez apologia clara ao crime de tortura, o que gerou muita preocupação e estarreceu o mundo”, falou a deputada Flora Izabel.

Segundo a deputada, Comissão Nacional da Verdade foi criada pela Lei 12.528/2011 e instituída em 16 de maio de 2012, e teve por finalidade apurar graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988. “A atitude de Bolsonaro, que inclusive foi compartilhada em redes sociais por ele próprio, se configura como um momento triste da história recente do Brasil, ferindo os direitos humanos e os princípios democráticos”, acrescentou Flora Izabel.

O torturador homenageado por Bolsonaro entrou para a história do Brasil como o militar que estuprou e matou mulheres que faziam oposição ao governo militar. As práticas abomináveis de Ustra consistiam em colocar jacarés sobre o corpo nu das mulheres que torturava. E mais, ele é acusado de inserir ratos na vagina de mulheres que eram presas por seu agrupamento por fazerem oposição ao regime ditatorial. “O coronel Ustra morreu em 2015 sem ser punido por seus crimes, inclusive de tortura contra a presidente Dilma Rousseff, o que foi enfatizado por Jair Bolsonaro na sua fala durante a votação na sessão do dia 17 de abril de 2016 e que foi transmitido ao vivo por rede nacional de televisão”, falou Flora. 
 
A deputada Flora Izabel teve aprovado ainda voto de louvor à Cooperativa Avícola de Picos pela passagem do Dia do Apicultor, transcorrido no último dia 22 de maio. 

Da Redação
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