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Bom Jesus: promotora critica soltura de suspeitos de estupro coletivo

Foto: EBC

A promotora Gabriela Almeida Santana informou ao Cidadeverde.com que soube da soltura dos quatro adolescentes suspeitos de participarem de um estupro coletivo contra uma jovem de 17 anos, no município de Bom Jesus, pela imprensa. Ela declarou que recebeu a notícia com surpresa, pois chegou a pedir a internação dos adolescentes por questão de “manutenção da ordem pública” porque o crime chocou a população, principalmente em Bom Jesus por ser uma cidade pequena.  

“Eu entendo que há provas da materialidade e indícios suficientes de autoria”, ressaltou a promotora.  Os menores, que têm entre 15 e 17 anos, foram liberados na quinta-feira (26). Outro rapaz, de 18 anos, foi encaminhado ao presídio da cidade.

Gabriela Almeida destacou ainda que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) “prevê a internação para garantir a segurança dos menores”. Além disso, ela acredita que a soltura dos suspeitos em participar do estupro coletivo irá atrapalhar as investigações. 

A decisão de soltura dos quatro menores é do juiz de Bom Jesus, Heliomar Rios Ferreira. Na sentença, o juiz afirma que eles têm bons antecedentes e que a liberdade não irá prejudicar o andamento do processo. O juiz também declarou que a perícia comprovou a conjunção carnal, mas não houve violência sexual. 

Na decisão, Heliomar Rios já intimou os quatro adolescentes para a primeira audiência no dia 1º de junho.

O crime em Bom Jesus ocorreu na última sexta-feira (20), cerca de um ano depois do estupro coletivo em Castelo do Piauí.

No dia 27 de maio de 2015, quatro adolescentes sofreram estupro e foram arremessadas de um penhasco com mais de 10 metros. Os suspeitos de cometer o crime são quatro adolescentes e um adulto; um dos menores, identificado como Gleison Vieira da Silva, 17 anos, foi espancado até a morte, no dia 16 de julho do ano passado, dentro da cela do Centro Educacional Masculino (CEM) em Teresina. Os outros três menores coautores dos estupros são suspeitos de cometer o assassinato; eles dividiam a mesma cela da vítima. Uma das vítimas do estupro, a estudante Danielly Rodrigues Feitosa, 17, morreu após passar dez dias internada.

Carlienne Carpaso
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