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Ator de 'Totalmente Demais' fala de depressão: "Consegui sair da escuridão"

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Fotos: Fabio Cordeiro/ Ed. Globo


Pablo Sanábio


No ar como o Max de Totalmente Demais, Pablo Sanábio festeja o reconhecimento do público. Com o personagem assumidamente gay – e bastante divertido –, ele quer mais que entreter: quer dar voz às vítimas de preconceito. “O que puder fazer para combater a homofobia, vou fazer. A repercussão foi muito importante. Recebi vários relatos nas redes sociais. As pessoas contam sua história de dor e como ajudei a família a respeitar a orientação sexual de cada um”, relata.

 

O tom cômico de Max só perdeu a graça na trama quando seu personagem sofreu um ataque homofóbico na rua. Foi um alerta levantado pelo autores Rosane Svartman e Paulo Halm. “Isso acontece direto no mundo e precisamos fazer alguma coisa para parar. O preconceito e a discriminação são atrasos. Quando terminou a cena, ele estava lá no chão. E eu não conseguia parar de chorar”, lembra.


PERCURSO
Morando no Rio há 14 anos, Pablo começou a fazer teatro na escola, em Juiz de Fora (MG), onde nasceu. Após se formar, foi apoiado pela mãe, Stela Sanábio, a se mudar para o Rio. “Nunca iria tolher  meu filho. Ele precisava  procurar o caminho dele”, diz Stela, orgulhosa. O ator começou na TV vivendo Casca e Cascudo, os besouros do Sítio do Picapau Amarelo (2007). Depois participou da série S.O.S. Emergência (2010) e das novelas O Astro (2011) e O Rebu (2014). “Sempre fui muito inquieto”, conta ele.

 

Dono de uma produtora de teatro, Pablo conquistou a confiança de parceiros importantes, entre eles o diretor João Fonseca. Juntos montaram Edukators, A Ratoeira e R&J, de Shakespeare, entre outros. “Pablo tem um grande faro para bons projetos. Ele é independente, criativo. Agora está colhendo o reconhecimento na TV”, destaca o diretor.

 

DEPRESSÃO
Após o fim da trama, o ator já tem trabalho certo: vai atuar na peça O Demônio do Meio-Dia, baseada no livro do norte-americano Andrew Solomon. O espetáculo, que é produzido por Pablo, conta como o autor superou a depressão e buscou extirpar o preconceito que existe contra a doença. “Quero viajar o Brasil contando essa história. É um assunto que aflige a muitos. A gente mostra que a depressão tem controle”, diz ele, que também passou pelo drama. Há dois anos foi diagnosticado com depressão. “Foi intenso. Depois de um tempo achando que não teria mais solução, comecei a entender que é possível ficar bem.”

 

Após se tratar com uma junta médica, Pablo conta que conseguiu “sair da escuridão”. “Me sinto na obrigação, como artista, de auxiliar no esclarecimento desse assunto, que é sério. É uma doença, tem que se cuidar. É possível lidar com a depressão”, conclui, sem esquecer o sorriso.

 

Fonte: Quem
 

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