Cidadeverde.com

Apoiei Cunha achando que estava fazendo bem pro país, diz Castro

Imprimir

Apesar de ter sido uma das "vítimas" do rolo compressor do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara Federal, o deputado piauiense Marcelo Castro não se arrepende de ter apoiado sua candidatura à presidência da Casa. Em janeiro de 2015, Castro acompanhou uma visita de Cunha ao Palácio de Karnak, onde pediu  votos para vários parlamentares da bancada do Estado.

"Não me arrependo de ter pedido voto. Ele teve uma atitude comigo quando foi relator da reforma política, que chamei de desrespeitosa, daí cortei relações. Eu trabalhei na campanha achando que estava fazendo uma coisa boa para o país, para as instituições. Foi nesse sentido que participamos da campanha", declarou ao Cidadeverde.com

Superado o episódio, Castro disse que não viu com surpresa a renúncia de Cunha. Segundo ele, mais cedo ou mais tarde o peemedebista iria cair. "Eu acho que não tem maiores consequências. Já era esperada a renúncia e a cassação. Todo mundo está vendo que, na hora que chegar no plenário, não tem salvação. Só escapa se for o Papa Francisco", brincou.

"Ou ele renunciaria ou seria cassado. Ninguém pensa diferente disso. Ele vinha relutando sempre de maneira muito enfática, mas chegou a hora da saída e ele vai ser cassado", acrescentou.

Ainda de acordo com Marcelo Castro, a renúncia melhora o andamento da Câmara dos Deputados. "Temos que eleger um novo  presidente. Será uma nova época. Tudo vai correr normalmente. Estamos numa situação muito problemática, precisando de paz, harmonia, boas relações com os poderes e sair um pouco desse furação", concluiu.

O ato de convocação para a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados foi lido na tarde desta quinta. O sucessor de Cunha será escolhido dia 14 às 16h. Os deputados interessados poderão registrar suas candidaturas junto à Secretaria-Geral da Mesa até o meio-dia dessa data.

A eleição será secreta e ocorrerá por meio do sistema eletrônico. Para que haja quórum para o pleito, a maioria dos deputados deve estar presente à sessão (257 dos 513 parlamentares). O novo presidente será eleito em primeiro turno caso obtenha a maioria absoluta dos votos, ou seja, se estiverem presentes 257 deputados, são necessários os votos de pelo menos 129 parlamentares.

Se nenhum candidato alcançar esse número, haverá um segundo turno entre os dois mais votados. Neste caso, bastará maioria simples dos votos para eleger o novo presidente da Câmara.

O candidato eleito substituirá o deputado afastado Eduardo Cunha, que anunciou sua renúncia no início desta tarde.

Hérlon Moraes (Com informações da Câmara Federal)
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais