Cidadeverde.com

Carregador solar de celular encontrado na Custódia foi produzido artesanalmente, diz Sejus

Imprimir


Tenente-coronel Luis Pitombeira. Foto: Maria Romero/Cidadeverde.com

O diretor de controle externo da Secretaria de Justiça, tenente-coronel Luis Pitombeira, comentou nesta quarta-feira (27) a ousadia e a criatividade dos criminosos para favorecer seus parceiros de crime, que cumprem pena em regime fechado nas penitenciárias. O fato recente que surpreendeu a todos foi a apreensão de um carregador de bateria de celular movido a energia solar fabricado artesanalmente. Carregadores solares, celulares e drogas foram apreendidos durante operação na Casa de Custódia.

Ele destacou que estão reforçadas as medidas para impedir a entrada desse tipo de material nos presídios piauienses.

“Foi uma coisa muito bem pensada de alguém muito inteligente. Eles pegaram uma placa solar ligada a um circuito de luzes de uma bicicleta, tudo isso de forma bastante artesanal. Alguém de fora conseguiu jogar para dentro da Custódia, por cima do muro, e, dentro da unidade, o preso colocava dentro de um chinelo, que deixava exposto ao sol quando ia jogar bola no pátio. Dessa forma, ninguém percebia”, disse o tenente-coronel.

Enemésio Junior, diretor da unidade de administração penitenciária da Sejus, comentou outro recurso utilizado pelos presos para burlar as normas. 

Na última operação de pacificação foram apreendidos 12 cadeados, que eram usados pelos presos para garantir livre saída das celas. “Quando as celas estavam abertas, eles retiravam os cadeados colocados pelos agentes e substituíam pelos seus próprios. Assim, quando queriam, podiam facilmente sair”, contou Junior. 


Foto: Maria Romero/Cidadeverde.com

Agora, com a mudança de administração da Casa de Custódia, algumas medidas foram implantadas e as normas estão mais rigorosas. As vistorias estruturais estão sendo feitas diariamente, buscando locais de retiradas de barras de ferro, mudanças de cadeados - as chaves dos agentes são testadas uma a uma -, buracos no piso e no teto e outras formas encontradas pelos reeducandos para fugir ou ferir colegas. 


Diretor Enemésio Junior. Foto: Maria Romero/Cidadeverde.com

Para impedir a entrada de materiais nos presídios, as vistorias estão sendo feitas com maior frequência e a tela que impede a entrada de equipamentos pelos muros deverá ser colocada. Para coibir facilitação por parte de agentes, Enemésio destacou que nenhum agente trabalha mais sozinho. 

"Nós temos muita confiança nas pessoas que estão trabalhando nas unidades, mas agora nenhum agente faz nada sem outro colega por perto. São pelo menos três trabalhadores juntos. Isso acaba coibindo alguém que possa ser corrompido ou venha a corromper outras pessoas", declarou. 

 

Flash Maria Romero
Da Redação Carlienne Carpaso 
[email protected] 

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais