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Wellington nomeia membros do Conselho Estadual de Cooperativismo

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O governador Wellington Dias assinou, nesta quinta-feira (28), no Salão Azul do Palácio de Karnak, o decreto de nomeação dos membros do Conselho Estadual de Cooperativismo (Cecoop). O conselho foi criado por meio da lei nº 6.582, de 12 de julho de 2016, que institui a Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo. 

A política tem como objetivo fornecer parcerias com poder público para o apoio técnico e operacional do cooperativismo no Piauí, como também estimular a prática no estado. O estímulo à promoção das atividades será realizado por meio do Fundo de Desenvolvimento Industrial do Piauí (Fundipi).

Segundo o governador Wellington Dias, a principal importância do sistema cooperado é que ele se trata de um negócio mais igualitário, capaz de reduzir a concentração de renda no Brasil e no Piauí. “O grande desafio do século XXI é a concentração da riqueza. Enquanto tivermos uma desigualdade na renda muito grande, teremos um risco. E esse sistema cooperado é muito forte nos países com renda mais igualitária, e lá todos, nesse sistema, ganham”, afirma o chefe do executivo estadual.

De acordo com o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), órgão máximo de representação das cooperativas no país, Márcio Lopes, no Brasil, o setor teve um crescimento superior do que em outras modalidades de negócio. “As cooperativas crescem em um momento em que o Brasil opera no vermelho. As cooperativas financeiras, por exemplo, cresceram 26%, bem acima dos bancos comuns”, ressalta o presidente da OCB.

Ao todo, no Brasil, existem cooperativas em 13 setores da economia, são eles: o agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, habitacional, infraestrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, transporte e turismo e lazer. O Piauí já se destaca em setores como o de saúde e na produção de mel. “O mel é um dos nossos principais produtos de exportação e tem muita força devido a sua organização no sistema cooperado”, comenta Wellington Dias.

O sistema cooperado trabalha com a confiança entre seus agentes e isso move o fortalecimento da prática, segundo Márcio Lopes. “É importante que essa organização continue em todos os estados do Brasil e é necessária uma regulação como essa que encontramos hoje no Piauí. O sistema cooperado trabalha organizando gente, não é terceiro setor, é um negócio, mas um negócio capaz de criar envolvimento de gente e de armazenar confiança”, avalia o presidente da OCB.

“Tínhamos uma legislação nacional e faltava termos o mesmo no Piauí, que agora entregamos para o benefício dos piauienses”, conclui o governador Wellington Dias.

Cecoop

O Cecoop é vinculado à Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Setre) e atuará de forma a planejar e avaliar as ações desenvolvidas no âmbito da política de cooperativismo. O conselho conta com representantes do Poder Executivo Estadual, das cooperativas, entidades de pesquisa científica e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Piauí (Sebrae-PI).

Compõem o conselho, pelo poder público, as secretarias estaduais do Trabalho e Empreendedorismo, da Fazenda, das Cidades, do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, da Educação e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi). Também fazem parte, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Organização das Cooperativas do Estado do Piauí (Ocepi) e o Sebrae.

O Cecoop é presidido pelo médico Leonardo Eulálio com experiência na organização cooperada da saúde. De acordo ele, na Europa, o modo cooperado já é responsável por 1/3 do total produzido no continente. “No cooperativismo, atuamos de forma igual, plena, e a nossa luta para criar esse conselho no Piauí vem desde o ano passado e contou com o apoio de todas as cooperativas existentes”, fala o presidente do Cecoop.

Da Redação
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