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Candidatos atacam desemprego e a falta de políticas públicas para zona rural em debate

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Desemprego, educação infantil e a falta de políticas públicas para a zona rural de Teresina foram os principais temas discutidos pelos sete candidatos à Prefeitura de Teresina, no segundo bloco do debate da TV Cidade Verde, realizado nesta terça-feira (23).

No segundo bloco, que teve tema livre, os candidatos tiveram a oportunidade de fazer perguntas entre eles. O primeiro a perguntar, por meio de sorteio, foi o candidato do Dr. Pessoa (PSD).  As perguntas seguiram em sentido horário até concluir a participação de todos. 

Em resposta ao Dr. Pessoa (PSD) sobre o desenvolvimento da zona rural da capital piauiense, a candidata do PSTU, Luciane Santos, afirmou que Teresina é uma das poucas capitais do país que tem uma grande extensão territorial, mas que, infelizmente, não é aproveitada pelo poder público. 

“Grande parte do consumo ocorre através das grandes empresas, deixando de lado o pequeno agricultor. Se você mais valorizado, iria baratear ainda mais o produto já que muitas famílias não estão com condições (financeiras) de comprar um feijão. Vamos investir mais na produção dos pequenos agricultores”. 

Sobre a produção na zona rural, o candidato do PTB, Amadeu Campos, ressaltou, durante o debate, que irá fazer o “cinturão verde” funcionar. “Temos a maior área rural, mas a gente não faz nada. Nós vamos fazer a produção rural produzir. Com o dinheiro que vem para a merenda escolar, vamos fazer compras nas associações e nas cooperativas dos pequenos agricultores”. 

Na oportunidade, Dr. Pessoa criticou a estrutura da rodoviária municipal, localizada próximo ao estádio Lindolfo Monteiro, na Zona Norte; e Amadeu Campos ressaltou a criação de uma usina solar em Teresina, gerando mais emprego e economizando o valor pago a Eletrobras.  

Desemprego  

A candidata do PSTU, Luciane Santos, enfatizou que o desemprego e a precarização do emprego é uma triste realidade para boa parte dos teresinenses, principalmente para os jovens. Ela lembrou a presença das grandes empresas de call centers, pois são inúmeras as denuncias de assédio moral sofrida pelos trabalhadores. Já o Amadeu Campos disse que a Prefeitura de Teresina precisa “fazer a lição de casa” e cortar 30% dos cargos comissionados e 50% dos terceirizados. 

Educação 

A estrutura das escolas municipais, o número de matrículas e os salários dos professores foram discutidos, praticamente, por todos os candidatos. 
O candidato do PTN, Quem-Quem denunciou que muitas escolas de Teresina não possuem climatização; além disso, ele falou que os professores deveriam ser mais valorizados e, até mesmo, receber o mesmo salário que os vereadores. Disse ainda que os professores irão eleger o secretário municipal da Educação, ou seja, deixará de ser indicação do prefeito.  Ele acrescentou que Teresina precisa de creches integrais para ajudar às mães trabalhadoras. 

Sobre essas questões, o candidato Firmino Filho (PSDB), que busca a reeleição, ressaltou que o piso pago aos professores municipais está R$ 500 acima do piso nacional.  “É justamente graças a essa valorização é que nós estamos dando esse salto na qualidade de ensino”, declarou. Firmino acrescentou que Teresina possui um dos melhores Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).  

“Teresina já tem, segundo o Ideb, a melhor educação das capitais nordestinas, cumprindo o piso salarial, melhorando a estrutura das escolas. Aumentando em mais de 20%, antecipando as metas de 2020. Garantindo mais vagas para as crianças. Ano passado já conseguimos. Agora, para os próximos anos, vamos massificar as matrículas. Construindo mais creches. Reforçando o compromisso com a educação”. 

Ainda sobre as matriculas, Amadeu Campos (PTB) rebateu informando que possui informações que de 2014 para 2015 houve uma queda de quatro mil matriculas, destacando que as creches precisam funcionar em regime integral e com total climatização.

O candidato do PSOL, Éverton Diego, trouxe para o debate a situação de uma creche que está abandonada no bairro Portal da Alegria, na Zona Sul de Teresina, que deveria ser construída em 2014.  

Ele afirmou que a destinação de recursos tem que ser transparente para que todos tenham conhecimento sobre a destinação das verbas públicas. Por isso, defende uma gestão democrática e participativa. 

“Não há transparência na gestão dessa cidade. Nós escutamos em investimento de 30%, mas a gente não sabe se esse recurso é próprio ou federal. Buscamos uma gestão democrática, que deixe claro essas coisas para o cidadão. Não é de cima para baixo que se governa a sociedade, mas de forma participativa”, declarou.  


 

Carlienne Carpaso
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