Foto: Bocaina News
O município de Bocaina, localizado a 348 km ao Sul de Teresina, tem novo prefeito desde o último sábado (20). A cidade está sendo administrada pelo presidente da Câmara Municipal, vereador José Airton Cipriano, o Zé Airton (PSB). Ele assumiu o cargo de Nivardo Silvino de Sousa, cassado pela Justiça Eleitoral em julho.
Segundo o novo chefe do executivo municipal, a situação em Bocaina é tensa, já que desde a cassação, a cidade praticamente deixou de ser administrada.
"Eu assumi no sábado passado. O clima aqui é meio tenso. A prefeitura está desorganizada demais. É muito problema", disse o novo gestor.
"Estamos tomando conta da situação para planejar e resolver os problemas", acrescentou.
Uma das primeiras ações do novo prefeito foi exonerar todos os servidores admitidos sem concurso que estavam exercendo funções comissionadas e de confiança. Os servidores lotados em órgãos que não eram os de origem e que recebiam comissão foram mandados de volta aos seus locais de trabalho.
Nova eleição a qualquer momento
Nos próximos dias o município deve sofrer uma nova mudança de gestão, já que a Câmara Municipal deverá eleger um novo prefeito de forma indireta, em virtude da proximidade com o pleito eleitoral de outubro. "A nova eleição ainda não foi marcada", disse o prefeito.
O Cidadeverde.com tentou contato com o vereador Luzimar Luiz de Barros (PRTB), 2º vice-presidente da Câmara Municipal, para saber quando a eleição irá ocorrer, mas ele não foi encontrado.
Entenda a cassação
No dia 11 de julho, o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) manteve a sentença do Juiz da 93ª Zona Eleitoral do Piauí, Sérgio Luís Carvalho Fortes que, em 6 de abril deste ano, cassou o diploma do prefeito Nivardo Silvano de Sousa (PTB), além de condená-lo ao pagamento da multa de dez mil Ufir.
Ele era vice e assumiu o mandato após a morte do prefeito José Luis de Barros, ocorrida em fevereiro deste ano, por problemas cardíacos. Nivardo estava no cargo por força de um mandado de segurança, julgado pelo TRE-PI em 23 de maio.
O juiz eleitoral da 93ª Zona reconheceu a prática de abuso de poder político/econômico e compra de voto pelo investigado, por fazer parte do mesmo grupo político que se encontrava à frente da prefeitura no período da campanha eleitoral de 2012.
Hérlon Moraes
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