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Com tocha em prótese, menino inglês rouba a cena

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O pequeno Rio Woolf, de oito anos, viveu mais um momento inesquecível nesta quarta-feira. O garoto britânico, um dos símbolos do esporte para as novas gerações, conduziu a tocha dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 ao lado da mãe Juliette, na orla da Praia do Recreio, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O menino teve a perna direita amputada quando tinha apenas 14 meses devido a um problema congênito e hoje compete em torneios de atletismo para a sua idade, sendo fã do velocista brasileiro e campeão paralímpico Alan Fonteles. 

Para a ocasião especial, Rio ganhou uma prótese customizada, com o desenho imitando os contornos da tocha paralímpica que foi levada pela sua mãe. Ao seu lado, o garotinho ensaiou uma corridinha e virou atração para os cariocas que acompanhavam o trajeto. O britânico está pela segunda vez no Rio de Janeiro e seu nome foi inspirado na Cidade Maravilhosa, onde seus pais passaram a lua de mel há 11 anos e decidiram batizar o primeiro filho com este nome. 

- Foi um momento especial, maravilhoso, diferente, e fiquei muito feliz de participar do revezamento. É muito legal estar no Rio de Janeiro pela segunda vez e quero acompanhar muitas provas de perto. Não sei nem o que dizer direito - contou o pequeno, ainda muito tímido.

Segundo a mãe Juliette, o desenho na prótese foi uma ideia do próprio Rio, que pediu que os desenhos fossem feitos.

- O Rio escolheu o design e pediu que a prótese tivesse o desenho igual ao da tocha paralímpica da Rio 2016. Foi ideia toda dele.

Em 2013, o garotinho visitou o Rio de Janeiro a convite do Comitê Organizador. Ele ficou famoso após os Jogos de Londres, tornando-se um embaixador para a nova geração de meninos com deficiência. Seu sonho é ser atleta paralímpico no futuro.

- Eu vou estar na Paralimpíada, é uma certeza. Quero competir nos Jogos de 2024. Quero muito ver todos os meus ídolos de perto aqui no Rio de Janeiro - disse o jovem corredor, que passará um mês no país, visitando as Cataratas do Iguaçu, o Pantanal, Bonito e outras cidades. 

A mãe Juliette explica a importância do momento para a família Woolf.

- Para a família é um orgulho estar aqui. O movimento paralímpico mudou a vida de muitas pessoas e a do Rio também. As próteses que foram criadas lhe deram liberdade, empoderamento. Ele pode correr, saltar, brincar, fazer o que ele quiser. E ele também é um menino super positivo, que se tornou uma referencia e um embaixador para as novas gerações por conta da sua felicidade - conta Juliette, que conduziu a tocha ao lado do filho e na companhia do marido Travor, um dos maiores incentivadores de Rio. 

O trecho inicial do revezamento da chama paralímpica nesta quarta-feira contou também com a presença de personalidades, como o ex-jogador Romário (que conduziu a tocha ao lado da filha, Ivy) e o cantor Herbert Viana, bastante aplaudido durante o caminho. O ator Paulo Vilhena, embaixador da causa paralímpica, também participou da festa na orla da cidade. O segundo trecho do tour pelo Rio - antes da chegada ao Maracanã, para a festa de abertura dos Jogos - recomeça às 13h, pela orla do Leblon. 

Fonte: G1

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