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Luciane diz que precarização da Agespisa tem como objetivo a privatização

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A candidata Luciane Santos (PSTU) aproveitou a falta de água que atinge bairros de Teresina desde o último domingo, para criticar a gestão da Agespisa na capital. Em entrevista ao Jornal do Piauí nesta terça-feira (13), ela disse que a precarização da empresa tem como objetivo concretizar a sua privatização.

" Estão precarizando a Agespisa para justificar a privatização. O Firmino e o Wellington Dias estão juntos na privatização da Agespisa. Vão entregar  uma empresa estatal para a privatização. Se houver a privatização vai acabar a taxa social, a  conta vai vir mais cara. Não temos garantia que vai melhorar o saneamento. A água vai ser tratada como uma mercadoria e não direito", afirmou.

A candidata disse ainda que a população não pode ser culpada sozinha pelo desperdício, enquanto falta investimento. "Água é direito. Não podemos colocar a culpa do desperdício apenas na população, precisamos de investimento. Não justifica uma cidade banhada por dois rios ter esse problema de água", criticou.

A mobilidade urbana também foi assunto abordado na entrevista com Luciane Santos, que defendeu uma empresa de transporte municipal. "Precisamos criar uma empresa municipal que vise o direito do trabalhador de ir vir e não apenas o lucro. Criar uma linha metroviária desde o Jacinta Andrade até o outro extremo da cidade", afirmou, defendendo passe livre para estudantes e desempregados.

"Defendemos também auditoria nas contas do Setut, desde a catraca até o Setut. Saber quantos passageiros passam, quanto é enviado para o Setut e o motivo de não investir no transporte público. Quando a gente cria uma empresa municipal, a gente consegue oferecer um transporte de qualidade", defendeu.

Educação

A professora da rede municipal criticou a publicidade em torno do desempenho de Teresina no Ideb. Segundo a candidata, não é o que a prefeitura "pinta" na mídia. "Teresina ficou como a terceira melhor capital do país, mas temos que refletir esses números, ver o que eles expressam na realidade. A gente não pode medir a educação apenas com a realização de uma prova padronizada, que coloca os professores num ritmo de treinamento durante o ano todo para no final ser realizado essa prova. Não refletem a realidade", ressaltou.

"A qualidade da educação municipal não é tudo isso que está sendo pintado, basta olhar as estruturas das escolas. A maioria das escolas não são climatizadas, como é que pode viver em uma cidade que está entre as mais quentes do país, e o aluno não tem direito à climatização", questionou.

Luciane denunciou ainda o assédio moral sofrido por professoras. "Tem escola que não tem quadra de esporte, e quando tem é descoberta. Tem escola que não tem biblioteca, não tem sala dos professores, sem contar na desvalorização deles. A gente vê uma política de assédio moral muito grande, de opressão contras as professoras. Nós estamos proibidas de ser mãe, já que temos que repor a licença maternidade", disse, alertando para um possível calote da PMT junto ao Fundef.

"Estamos à beira de um calote que o prefeito vai aplicar aos professores. Está vindo ai um repasse do Fundef, que é de mais de 200 milhões de reais, onde ele pediu um empréstimo no Banco do Brasil para reaver esse dinheiro. Só desse empréstimo já foi pedido R$ 25 milhões. Cabe aos trabalhadores fazerem a análise. Precisamos construir creches de tempo integral. O prefeito sabe a quantidade de creches que ele fechou. Defendemos que o orçamento da educação vá exclusivamente para a educação pública e valorizar os servidores", afirma.

Guarda Municipal

A candidata criticou ainda o uso errado das funções da Guarda Municipal pelos os outros candidatos. Chamou de equívoco afirmar que ela fará policiamento ostensivo.  " A Guarda nós poderíamos utilizar para prestar seguranças nas escolas, é para guardar o patrimônio público. A guarda é para proteger o patrimônio, e não a segurança da população isso é um equivoco", concluiu.

Hérlon Moraes
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