Fotos: Roberta Aline

Atualizada e ampliada às 16h24

O gerente de policiamento do interior, delegado Willame Moraes, descartou motivação política no sequestro do candidato a prefeito de Porto, Valter Gomes, e de sua esposa. O crime aconteceu neste sábado (24), no início da manhã. 

"Estamos certos de que o objetivo era patrimonial, não tinha nada a ver com política. Eles foram levados, o grupo pediu dinheiro, chegou a subtrair uma pequena quantia, o carro do casal e depois abandonou os dois em um canavial já na cidade de União", disse o delegado. 

O candidato também não fez acusações contra seus adversários e declarou confiar no posicionamento da polícia. Bastante abalado, ele comentou o caso. "Eu prefiro deixar a polícia investigar, não vou apontar ninguém". 

O casal teve levados alguns pertences, incluindo o veículo e uma quantia de R$ 1,5 mil. 

Atualizada e ampliada às 11h40

Ainda abalado, o candidato a prefeito relatou à imprensa que três homens entraram em sua casa por volta das 6h30 e sequestraram ele e a esposa. A residência fica na avenida principal de Porto e ficou totalmente revirada.  

O candidato a prefeito não deu detalhes da ação do sequestradores. Ele e a esposa estão sendo ouvidos neste momento pelos delegados Gustavo Jung e Willame Moraes, que depois devem falar com a imprensa sobre o caso. Ainda não se sabe qual a motivação do crime.

O advogado do casal, Raimundo Junior, informou que os três homens os renderam e remexeram tudo na casa procurando dinheiro, como não acharam, colocaram eles no carro e os levaram até o Banco do Brasil em União. Na agência, o candidato conseguiu sacar a quantia de R$ 1.500 e depois foram liberados juntamente com o carro.

Atualizada e ampliada às 11h10

O candidato a prefeito de Porto, o vereador Valter Gomes de Oliveira Filho (PHS), o dr. Valter, e sua esposa foram retirados de casa no início da manhã deste sábado (24), na avenida principal da cidade. O casal teria sido visto pela última vez no carro da família, acompanhados de outras pessoas, por volta das 5h30. O ímóvel do casal foi encontrado com a porta aberta e revirado. 

A polícia foi informada que alguma coisa estranha estava acontecendo por uma eleitora do candidato, que teria ido a casa e visto ele fazendo a manobra no carro para sair. Ela ficou esperando o retorno, mas uma hora depois não voltaram e resolveu chamar a polícia ao perceber a casa aberta. Porto fica a 183 quilômetros de Teresina. 

De acordo com delegado Willame Moraes, gerente de Polícia do Interior, o casal realmente teria sofrido um roubo com retenção de vítima (sequestro relâmpago). Eles foram deixados por volta das 10h, juntamente com o carro, um Duster de cor Branca, na zona rural de União (a 60 km de Teresina). O delegado ainda não sabe qual a motivação do crime. 

Em Porto, o escrivão da delegacia, Francisco das Chagas Sousa, disse que a polícia não sabe o que aconteceu, mas que havia acionado as polícias de cidades vizinhas após virem  nas câmeras de segurança que ele havia saído em direção a Miguel Alves e que não havia entrado em contato com ninguém da família. O policial contou ainda que a casa estava revirada e com documentos remexidos.

Ele informou também que a cidade ainda não registrou nenhum tumulto envolvendo a campanha eleitoral. “Não temos nenhum boletim de ocorrência sobre a eleição, nem de eleitor mesmo. E de repente acontece isso”, afirmou o policial civil. 

O atual prefeito da cidade, Francisco Geronço, o Professor Manin, disse que a cidade está em pânico. “Ele é presidente da Câmara e nosso candidato a prefeito e a casa dele está toda bagunçada e o celular desligado. Estou indo para Porto”, relatou o gestor que estava em Barras. 

A casa do vereador foi isolada e a perícia foi chamada. O caso será investigado pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). Dr. Valter Gomes concorre à eleição com Dó Bacelar (PP) e Professor Dário (SD). 

Caroline Oliveira
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