No dia 1º de outubro, véspera do primeiro turno das eleições, será realizada uma audiência pública em que serão sorteados os locais das urnas eletrônicas - uma na capital e uma no interior – que serão utilizadas na votação paralela do Piauí. A reunião vai acontecer a partir das 9h na Câmara Municipal de Teresina e é aberta ao público em geral, onde representantes de partido podem acompanhar, para que seja demonstrada a lisura do processo eleitoral quanto à utilização das urnas.

A votação paralela acontece em todos os Estados no dia da votação. A Comissão de Auditoria das Eleições do Voto Contábil tem a finalidade de realizar, por amostragem, votação com uma forma de auditoria para a verificação do funcionamento das urnas eletrônicas sob condições normais de uso. Tal sistema de auditoria será realizado em cada unidade da federação, em um só local, designado pelo Tribunal Regional Eleitoral, no mesmo dia e horário da votação oficial.

A juíza Maria Luíza de Melo Moura Freitas, presidente da Comissão de Auditoria das Eleições do Voto Contábil no Piauí, grupo responsável por toda a organização e execução da votação paralela, explicou que o processo obedece a regras rigorosas. 

“Estamos capacitando os servidores tanto do TRE como do Tribunal de Justiça que vão auxiliar nos trabalhos dessa Comissão que será realizada no dia da eleição. Nós iremos também realizar uma audiência pública dia 1º na Câmara Municipal, onde serão convocados os representantes de partido, a sociedade como um todo, representante do Ministério Público. O juiz vai estar também representando o judiciário, para demonstrar para a população a lisura do processo eletrônico", esclareceu a juíza.

De acordo com ela, a Comissão vai mostrar para a população, demonstrando através da urna, como será essa votação. “Nós iremos sortear no dia 1º as urnas, uma urna da capital e duas do interior, e essas do interior serão apanhadas através de uma aeronave. O servidor se deslocará para a sessão que for sorteada, para que traga e a gente faça essa demonstração, por amostragem no dia da votação, de forma pública, para que a população possa ver que a gente está expressando a verdade, o que vai ocorrer no dia da eleição”.

A demonstração serve também para mostrar que as urnas estavam totalmente preparadas para serem usadas no dia da eleição, munida de toda a tecnologia necessária para que o pleito aconteça sem eqúivocos e os números de votos têm que corresponder, exatamente, com os contabilizados na urna no dia do pleito.

A Comissão é formada por cinco servidores do TRE, um juiz eleitoral, um representante do MP e outras 20 pessoas convocadas para auxiliar a Comissão. Maria Luíza explica sobre o regime de rodízio que será realizado na votação a parte no domingo (2).

“Será um rodízio, a cada hora a gente muda três servidores, porque são três sessões instaladas na Câmara e a cada hora vai haver um rodízio para que não fique disperso e o servidor deixe o processo ocorrer de qualquer jeito. Apesar de ser um processo simples, tem que haver muita atenção para que não haja nenhum erro, porque no final, tem que bater o resultado da urna, com a urna que vai ser aberta, que virá do interior ou da capital”, finalizou.

Carliene Carpaso e Lyza Freitas
[email protected]