O terceiro bloco do debate da TV Cidade Verde chamou a atenção dos telespectadores pelas declarações do Dr. Pessoa, candidato à Prefeitura de Teresina pelo PSD, ao reafirmar que irá renunciar ao cargo caso o seu nome esteja ligado aos casos de corrupção no país como, por exemplo, a Lava Jato.
Em resposta ao candidato Quem-Quem (PTN), que questionou a renúncia após declara que “se tivesse alguma comprovação ligando ele à lista da Odebrecht iria renunciar”, Dr. Pessoa rebateu dizendo que “como poderá administra Teresina se está envolvido com um escândalo A ou B, nem precisa ser Odebrechet ou Sergio Moro não, qualquer outra, eu renunciou a minha candidatura”. Durante o questionamento, Quem-Quem chegou a falar que Dr. Pessoa recebeu doações de um dos citados na lista da Odebrecht, que rebateu pedindo provas oficiais e colocar à disposição da justiça, “pois o debate não era palanque de mentiras”.
Dr. Pessoa também foi questionando pela candidata do PSTU, Luciane Santos, sobre os privilégios oferecidos pelo cargo de prefeito. Na oportunidade, a candidata declarou que, se eleita, continuará a receber o salário de professora, pois ser político não é uma profissão. “O Político tem que estar a serviço da classe trabalhadora. Então, ele tem que ganhar que nem um operário”, destacou Luciane. Sobre isso, Dr. Pessoa declarou que “a professora tem razão porque a situação em que o país se encontra está um descaso administrativo”.
Outro ponto em destaque foi a questão da segurança pública. O candidato do PSOL, Éverton Diego, questionou o candidato pelo PTB, o jornalista Amadeu Campos, sobre as ações com relação à segurança pública, especificamente para Teresina, uma vez que o secretário estadual de Segurança, Fábio Abreu, é do mesmo partido do jornalista.
“A polícia militar e a secretária de segurança fazem um grande trabalho em Teresina, mas assegurança é um tripé, e só há dois pilares, falta o terceiro que é a guarda municipal. Ela atua na prevenção. Ela vai até o bairro, a porta da escola, na parada de ônibus para prevenir que o crime aconteça”, respondeu Amadeu ao Éverton, que rebateu comentando que a população de Teresina sofre com a ausência de segurança e que a Polícia Militar no Piauí não serve para proteger a população, e sim os grandes latifundiários e a propriedade privada.
“A população que luta, a trabalhadora, a pobre, das periferias, ela sofre com a violência que tem na cidade e a policial. Por isso, muito me preocupa como vai ficar uma guarda municipal gerida pelo mesmo partido que administra polícia”, disse o candidato do PSOL. Na oportunidade, Éverton destacou que o candidato a prefeito pelo PSOL na cidade de Dermeval Lobão, Romoaldo Brasil, sofreu um atentado que vinha denunciando há dias, mas nenhuma ação de proteção foi realizado.
Outro embate foi entre o candidato do PSDB, Firmino Filho, e Amadeu Campos. Eles confrontaram dados sobre a atual gestão municipal, que tem à frente o Psdbista. Amadeu trouxe, por exemplo, os seguintes dados: “Universidade Federal do Rio de Janeiro diz que entre as 5.500 cidades do Brasil, Teresina esta na posição de 4.126 em bem-estar humano; as finanças em Teresina em 2009, governo Silvio Mendes, teve nota 0,8; 2015 e 2015, Firmino Filho, nota Zero. O que aconteceu Firmino?”.
Em resposta, Firmino rebateu com outros dados: “Hoje em dia nós temos muitas informações e é preciso que a gente entenda esses números, entendendo, por exemplo, o que compõe a qualidade de vida em uma sociedade como educação, saúde e emprego e renda. Teresina avançou na expectativa de vida, redução da mortalidade infantil, avanço no acesso do ensino fundamental e infantil e na qualidade de educação. Teresina é uma cidade que enfrenta os seus desafios”, defendeu.
Carlienne Carpaso
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