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Festival de Rabecas leva teatro, dança e música ao público de Bom Jesus

Junto à tradição do som de um instrumento tocado há séculos no Piauí, o Festival de Rabecas de Bom Jesus ocupa ruas e praças da cidade e reúne teatro, dança e música numa programação voltada ao público de todas as idades. Nessa quarta-feira (28), primeira noite do festival, o palco do Queijo Mestre Beija, na Praça do Fórum, reuniu apresentações de alunos que participam das oficinas gratuitas realizadas no Espaço Cultural Mestre Joaquim Carlota.

Como resultado desse trabalho, foi apresentado o espetáculo “Linda”, com alunos do curso de teatro ministrado pela professora Adelina Barbosa. Da oficina de dança, ministrada pelo professor Francisco Rodrigues, surgiu a apresentação que abriu o evento no palco do Queijinho, que também serviu de vitrine para outros talentos da cidade. Esse é o caso da cantora Railane Ribeiro, que cantou na companhia do músico Leonaldo Rosal e arrancou muitos aplausos de quem acompanhou a apresentação.

A peça “As aventuras do Nego Chico e Catirina”, do grupo Utopia, de Teresina, tomou a praça e interagiu com o público, formado em sua maioria por crianças. As mesmas crianças olhavam atentas para os bailarinos da Escola Estadual de Dança Lenir Argento, de Teresina, que levaram balé clássico para o palco e serviram de inspiração aos apaixonados pela dança. A professora Beth Bátalli também levou uma apresentação de dança ao público e ganhou ainda mais a admiração de seus alunos.

“Estamos fazendo este trabalho há um ano e é muito gratificante. É um momento de muito aprendizado e é muito bom poder colaborar e compartilhar algo com jovens do projeto. Espero que a mesma oportunidade seja levada para outras cidades do Piauí”, diz Beth Bátalli, professora de dança das oficinas do Espaço Cultural Mestre Joaquim Carlota.

A professora de teatro Adelina Barbosa explica que, até o final do evento, o palco do Queijinho vai receber performances de alunos que querem apresentar algo ao público. “Decidimos criar um espaço para apresentações livres e muitos alunos se inscreveram”, explica Adelina. A programação teatral segue até sexta-feira (30) e começa a partir das 17h.

Mestres rabequeiros abrem primeira noite do festival

Os mestres rabequeiros e a Orquestra de Rabecas de Bom Jesus abriram a primeira noite do festival no palco Mestre Erondino, montado na avenida Josué Parente. O mestre que dá nome ao palco – Erondino José dos Santos – agradeceu a homenagem e falou da sua paixão pelo instrumento.

“Aprendi a tocar com meu pai, quando tinha 18 anos. Hoje, tenho 62 e pretendo tocar rabeca até o fim, até o dia que der certo”, diz Erondino, de Timon-MA. Ele é um dos que participa desde a primeira edição do Festival de Rabecas de Bom Jesus. Após a primeira apresentação, subiu ao palco a cantora e compositora mineira Déa Trancoso, que juntou o som de duas rabecas, com música e poesia.

“A rabeca de duas cordas foi feita pelo meu mestre Carlinhos Ferreira. A de uma corda eu quem fiz, com corda de viola caipira”, explica. Déa também levou para o palco o shruti, um instrumento de origem indiana usado para afinar a voz, e o uruá, uma espécie de réplica de uma flauta indígena, tocada somente por homens. Ela apresentou o show “Líricas breves para a construção de uma alma”.

Do Ceará, Makito Vieira apresentou o show “Costura Fina” e desafiou o som da rabeca. Os cangas do forró também se apresentaram. Depois foi a vez de Tom Cleber subir ao palco e cantar sucessos consagrados de artistas nacionais. Avine Vinny veio em seguida e foi acompanhado por uma multidão que ocupou a avenida. A cantora Lene Alves encerrou a noite.

A festa segue até sexta-feira (30). Entre as atrações desta quinta-feira (29), estão Aviões do Forró e Mara Pavanelly. O Festival de Rabecas de Bom Jesus é uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). 

Da Editoria de Cidades
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