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Fraudes no INSS iniciaram nos municípios de Piripiri e Pedro II; prejuízo é de R$ 2,3 milhões

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Deflagrada nesta quinta-feira (06) pela Polícia Federal em vários Estados, a “Operação Imperador” conseguiu apurar que as fraudes contra o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) tiveram início no Piauí e Maranhão. Em Piripiri e Pedro II foram cumpridos 4 mandados de busca e apreensão e, segundo a PF, nessas cidades eram onde originavam os golpes com a elaboração de certidões de nascimento falsas.

De acordo com a PF, a organização criminosa agia em todo o país e pode ter causado um prejuízo atual para os cofres da Previdência Social de aproximadamente R$2.3 milhões (considerando 62 benefícios analisados), e no prejuízo evitado de aproximadamente R$ 9.3 milhões (considerando a expectativa de vida das pessoas, de acordo com o índice do IBGE).

De acordo com a delegada Marcela Rodrigues de Siqueira Vicente, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários da PF de Goiás, os membros da quadrilha utilizavam registros de nascimentos e identidades falsas com dados inexistentes para instruir os processos de concessão de benefícios assistenciais e previdenciários que eram aprovados em agências do INSS no estado de Goiás e no Distrito Federal.

Com a documentação falsa, o grupo conseguia obter vantagens em cerca de 62 benefícios que vão desde aposentadoria a seguro desemprego. “Identificamos o uso de várias identidades.

Foram descobertos através de um sistema novo, que rastreia através da biometria e usa banco de dados de biometria de suspeitos. O banco permite que seja possível apontar se o suspeito de uma determinada biometria foi preso em outro estado”, explica.

No Piauí, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, sendo dois nas cidades de Piripiri e outros dois em Pedro II. Segundo a delegada, eram nessas cidades onde o crime começava, pois com as certidões de nascimento falsas – com vários nomes diferentes -emitidas em cartórios inexistentes, eles começavam a retirar os demais documentos, mas ambos com a mesma biometria.

“Eles falsificavam certidões de nascimento do Piauí e Maranhão. Nesses estados foi constatada a falsidade material, identificou que o cartório não existia, talvez por que a maioria sejam oriundos de lá [das cidades piauienses]”, explica a delegada Marcela.

Não foram registradas prisões no Piauí e Maranhão e, segundo a delegada, os benefícios eram distribuídos entre os próprios suspeitos, que até agora totalizam 12, que tinham uma vida dupla. “Eles tinham trabalho, mas tinham essa ‘renda extra’”, finaliza.

O nome da operação faz alusão ao município de Pedro II, no Estado do Piauí, onde foi apresentado um grande número de certidões de nascimento falsas nos requerimentos junto à Previdência Social.

Diego Iglesias
[email protected]

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