Cidadeverde.com

Republicanos criticam Trump após gravação ofensiva a mulheres

Imprimir

Republicanos criticaram o candidato do próprio partido à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, que teve vídeo de 2005 divulgado nesta sexta-feira (7) pelo jornal "The Washington Post", em que usa termos termos vulgares para se referir às mulheres.

O presidente da Câmara dos EUA, Paul Ryan, divulgou comunicado condenando os comentários e cancelando o que seria sua primeira participação oficial na campanha de Trump à presidência.

O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, afirmou que os comentários eram "repugnantes" e que Trump "precisa se desculpar diretamente às mulheres e garotas em todos os lugares".

Já o governador de Utah, o também republicano Gary Herbert, retirou o apoio ao candidato e anunciou que não votará nele nas eleições presidenciais de novembro devido ao escândalo criado por seus comentários machistas.

"As declarações de Trump, além de ofensivas, são desprezíveis. Apesar de não poder votar em Hillary Clinton, também não votarei em Trump", afirmou Herbert, em mensagem publicada no Twitter.

O ex-governador de Utah, Jon Huntsman, reivindicou que Trump renuncie e que o governador de Indiana e candidato republicano à vice-presidência, Mike Pence, "lidere a candidatura".

Na gravação, Trump conta a um apresentador como tentou conquistar uma mulher casada e diz que vai se preparar para o caso de beijar uma atriz. Segundo ele, quando se é famoso as mulheres permitem que se faça "qaulquer coisa". Na época do registro, Trump já era casado com sua terceira e atual esposa, Melania. Assista ao vídeo (em inglês).

Críticas, mas sem retirar o apoio

O presidente da Câmara, Paul Ryan, é atualmente o republicano a ocupar o mais alto cargo nos EUA. O congressista demorou a anunciar seu apoio a Trump e apenas neste sábado (8) iniciaria uma participação efetiva na campanha, aparecendo junto ao candidato em um evento de arrecadação de fundos em Wisconsin para a reeleição de Ryan à Câmara e a eleição de Trump à presidência.

À noite, porém, horas depois da divulgação da gravação, ele divulgou comunicado em que diz estar "enojado pelo que aconteceu hoje". "Mulheres devem ser defendidas e reverenciadas, não objetificadas. Espero que o senhor Trump trate esta situação com a seriedade que ela merece e trabalhe para demonstrar ao país que ele tem mais respeito pelas mulheres do que esse clipe sugere."

"Enquanto isso, ele não estará mais participando do evento de amanhã em Wisconsin", afirmou. Apesar de "desconvidar" o candidato, o líder republicano não fez qualquer sugestão de que poderia retirar seu apoio, ao contrário do governador de Utah, Gary Gebert.

O mesmo comportamento - de evitar retirar o apoio - foi adotado pelo chefe do Comitê do Partido Republicano, Reince Priebus, que disse em declaração oficial que “nenhuma mulher jamais deveria ser descrita nesses termos ou falada sobre desta maneira. Jamais”.

 

Fonte: G1.

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais