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Deputado não se opõe a diálogo com PMDB: "tem que ser com prudência"

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As negociações em torno de uma possível aliança entre o PT e PMDD no Piauí tem desagradado algumas lideranças políticas. Não parece ser o caso do deputado federal Assis Carvalho (PT), que em suas palavras, não faz nenhuma objeção aos diálogos políticos entre os dois partidos. 

Nesta quarta-feira (26), o deputado declarou ao Cidadeverde.com que não é que se oponha a uma aliança política, mas acredita que ela deve ser pensada com muita prudência e “pé no freio”, em razão do cenário nacional efervescente de denúncias e até prisões de políticos e que tem feito essa recomendação a petistas.

Assis Carvalho não pareceu preocupado com a questão de que o PT pode perder cargos com o arranjo, já que uma das cogitações é o PMDB ingressar em cargos de secretariados no Estado, situação ainda indefinida, dsegundo o governador Wellington Dias (PT) e o presidente municipal do PMDB, deputado Themístocles FIlho, principais envolvidos nos diálogos.   

“Eu tenho acompanhado também pela mídia, não tive ainda a oportunidade de sentar com o governador, mas as poucas conversas que eu tive com ele, assim, não há ainda por parte dele, conversas decisivas com o PMDB sobre isso. Existe mais dialogo na imprensa do que as partes. É normal, faz parte do jogo. Mas não há decisões maiores entre o governo e o PMDB”.
Ele acrescenta que no que diz respeito a diálogo entre governo de partido, isso é da política. “Não há de nossa parte nenhuma objeção a conversa permanente, quanto a isso é sem dificuldade nenhuma. O que eu apenas venho ponderando é que estamos em uma efervescência política nacional, com essa prisão do Eduardo Cunha (PMDB), com as possíveis delações que agora já estão sendo anunciadas do Marcelo Odebrecht, que podem indicar um problema no país inteiro, que pode ter efeito nos vários partidos, incluindo o PMDB. Acho que isso pode ter um efeito devastador, se não até o final do ano, até o primeiro semestre de 2017”. 
Por contar que raciocina de uma forma macro, ele acredita que não só no Piauí, mas qualquer diálogo político esses dias carece de “muito cuidado, pé no freio e análise”. “Acho que por conta do cenário nacional, não é nem pelos problemas locais, carece de muita prudência. [...] É apenas uma recomendação que eu tenho feito. [...] Sempre fui um defensor do diálogo, isso há muito tempo, e sempre assinei as teses EME defesas de alianças. Compreendo que a gente possa dirigir um Estado, um país, um município sem alianças políticas, então eu sou dessa linha e não teria como diferenciá-la”. 

 

Lyza Freitas
[email protected]

 

 

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