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Nome de Fidel não será usado para denominar locais públicos, diz Raúl

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O nome de Fidel Castro não será utilizado para denominar lugares públicos, ruas ou praças nem serão erguidos monumentos, bustos ou estátuas em sua memória, por desejo expresso do próprio líder revolucionário, afirmou neste sábado (3) seu irmão e presidente de Cuba, Raúl Castro. Os ex-presidentes do Brasil, Lula e Dilma Rousseff estiveram em Cuba neste fim de semana para participar das cerimônias em homenagem a Fidel. 

"O líder da Revolução rejeitava qualquer tipo de manifestação de culto à personalidade e foi consequente com essa atitude até suas últimas horas de vida", afirmou Raúl em discurso durante o último ato de homenagem a Fidel, realizado na cidade de Santiago de Cuba.

Vestido com uniforme militar e com a voz falhando em alguns momentos, o presidente cubano exaltou as grandes façanhas da revolução liderada por Fidel e afirmou que ele era "o mais ilustre filho de Cuba neste século".

Ele também lembrou os anos difíceis da década de 90, quando a economia cubana colapsou, arrastada pela queda do bloco soviético. "Então, poucos no mundo apostavam em nossa capacidade de resistir, mas nosso povo, sob a condução de Fidel, deu uma lição inesquecível de firmeza e lealdade aos princípios da revolução", asseverou.

"Ele demonstrou que sim, se pôde, sim, se pode, e sim, se poderá superar qualquer obstáculo, ameaça ou turbulência em nosso firme empenho de construir o socialismo em Cuba", disse Raúl, enquanto a multidão cantava "sim, se pode, sim, se pode".

Com um emocionado "até a vitória sempre", Raúl encerrou o ato de despedida, a mesma frase revolucionária com a qual fecharam os discursos anteriores representantes de organizações governistas como a Central Nacional de Trabalhadores (CNT), a Federação de Mulheres Cubanas (FMC), a Federação de Estudantes Universitários (FEU) e a União de Jovens Comunistas (UJC).

Em todos os discursos. a mensagem foi similar: o compromisso de todos os setores da população de continuar o legado da revolução e seus valores socialistas.

Embora não tenham feito uso da palavra, entre os convidados do ato em Santiago figuram personalidades que foram amigos pessoais de Fidel, como os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Bolívia, Evo Morales, os ex-presidentes do Brasil, Lula e Dilma Rousseff, e o jogador argentino Diego Maradona.

Durante o ato, as cinzas do ex-mandatário cubano repousaram no mausoléu dedicado a Antonio Maceo, que dá nome à praça. O evento reuniu milhares de pessoas para dar o último adeus a Fidel em Santiago de Cuba, berço da revolução.

Após um percurso de mais de mil quilômetros por toda a ilha, as cinzas do líder cubano serão enterradas neste domingo em cerimônia íntima e privada, sem acesso da imprensa nem do público, no cemitério de Santa Ifigênia. Lá, Fidel descansará perto dos restos mortais de José Martí, a quem Fidel considerava "inspirador intelectual" da revolução.

 

Fonte: G1

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