O juiz Thiago Aleluia Ferreira de Oliveira considerou legal a prisão dos seis suspeitos de participar da morte do policial do Bope, Claudemir de Paula Sousa, 33 anos. Ele foi assassinado na noite de terça-feira (6) no bairro Saci, zona Sul de Teresina, em uma ação a queima roupa. As audiências de custódia ocorreram no final da manhã desta quinta-feira (8). O magistrado transformou a prisão em flagrante de todos os suspeitos em preventiva.
Estão presos Flávio Willame da Silva, Francisco Luan de Sena, Igor Andrade Sousa, José Roberto Leal da Silva, Leonardo Ferreira Lima e Weslley Marlon Silva.
"Todos os investigados foram mantidos presos e o inquérito segue seu curso normal", afirmou o promotor Márcio Carcará, que acompanhou as audiências.
Segundo o promotor, apenas Leonardo Ferreira, apontando como o mandante do crime, não tem passagens pela polícia. José Roberto Leal da Silva, taxista considerado o intermediário na negociação entre Leonardo e a quadrilha, possui passagem pela polícia por delito com armas em 2015. Flávio Willame da Silva também possui antecedentes criminais por receptação e formação de quadrilha em São Luis, de onde foi solto há 2 meses da penitenciária de Pedrinhas.
Francisco Luan de Sena responde a processos por roubo majorado e homicídio, além de possuir um mandado de prisão em aberto. Igor Andrade Sousa, segundo Márcio Carcará, também responde a processo. Já Wesllley Marlon Silva responde por roubo. Este usava uma tornozeleira eletrônica no momento do crime.
Flávio, o último a ser preso, confessou em vídeo ter atirado na vítima, além de Weslley Marlon. "Eu estava com o 38 e atirei, mas quem acabou foi o Marlon, já que eu tive que sair correndo para o bar onde estava o carro", contou o suspeito no vídeo divulgado pela polícia.
As audiências ocorrem em clima tenso em meio a protestos da Associação dos Advogados Criminalistas. O enterro do policial aconteceu no final da tarde de ontem sob forte comoção no Cemitério Jardim da Ressurreição.
Boato
Antes da confirmação de que a prisão de todos os suspeitos havia sido mantida, circulou a informação de que Leonardo e José Roberto tinham sido soltos durante a audiência de custódia. O boato causou insatisfação no secretário de segurança, Fábio Abreu. Ele disse ao ao Cidadeverde.com que, se os dois tivessem sido soltos, a Justiça tinha que “fechar as portas” e que a situação seria “lamentável”.
“Temos todas as provas, todas informações e depoimentos que levam a ele [Leonardo] como mandante. Foi encontrado na casa dele a placa da moto do policial, R$12 mil [parte do valor cobrado pela execução], munição 380, que é compatível com a usada pelo executor. Seria lamentável”, criticou Fábio Abreu.
Flash Yala Sena e Izabella Pimentel
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