João Henrique acredita em aprovação de PEC e fala da vinda de Temer

O presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), João Henrique Sousa, acredita na aprovação na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que cria um teto para os gastos públicos. Em entrevista ao Notícia da Manhã, desta segunda-feira (12), o piauiense também comentou a vinda do presidente da república Michel Temer (PMDB) ao Piauí.

"A experiência do presidente Michel (Temer) dá a ele uma relação de muita intimidade com os congressistas e esse trabalho tem sido útil ao Brasil. É difícil, em um primeiro instante, avalair até como e quanto é importante a aprovação dessa medida. Até então tínhamos no país uma situação em que anualmente o orçamento vinha e você não tinha um teto para estabelecer quanto ia gastar. Como não se tinha o teto, você levava esse teto na expectativa de receber receitas que não existiam, não chegavam e o Tesouro Nacional tinha que cobrir - também por pressão parlamentar - aquela diferença entre o que foi aprovado e o que definitivamente foi arrecadado. Assim foi-se acumulando o déficit fiscal monumental de R$ 170 bilhões de dólares", explica o piauiense.

Pela proposta, haverá um limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. As despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário e seus órgãos) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior.

João Henrique Sousa esclareceu sobre o limite de gastos públicos que, segundo ele, não afetaria as áreas como Educação e Saúde.

"Não existe teto para a Educação e para a Saúde. O teto é para o global do orçamento. Se quiserem, por exemplo, os parlamentares podem dividir todo o dinheiro entre Educação e Saúde. Os parlamentares que são responsáveis pela distribuiição e estrutura do orçamento dirão onde colocar os recursos. Não existe teto estabelecido só para Saúde ou Educação. O volume do teto global é que é estabelecido e cada parlamentar discute o que considera mais importante", reitera.

O peemedebista também comentou sobre as manifestações populares em todo o país não só em relação a PEC 55, mas também contra outras propostas em discussão pelo governo Temer (PMDB), como a reforma previdenciária.

"Não havia dúvidas de que o governo Temer ia enfrentar esse desgaste. É muito bom para o governante dizer que não tem teto e que se pode gastar o quanto quiser... a previdência pode dar o que quiser. Isso é muito bom, mas é impossível. Alguém teria que surgir no cenário do país para poder dizer: basta. Vamos começar a colocar o país nos trilhos. Para isso, precisamos de teto de gastos e a reforma da previdência, que não mexerá no direito adquirido. A previdência mantida do jeito que está em 2024 não paga mais aposentado", esclarece.

Vinda do presidente ao país

João Henrique Sousa disse que Michel Temer deverá vir ao Piauí nesta semana. "O presidente Michel autorizou que fosse preparado todas as obras inacabadas em torno de 1.200 em todo o país. Ele pretende inaugurar pessoalmente todas essas obras. Na semana passada, ele disse que estava indo a Pernambuco e a Bahia e nesta semana a intenção era vir ao Pará e ao Piauí", explica Sousa.

A vinda de Michel Temer ao Estado está prevista para a quinta-feira (15).