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FMS alerta sobre cuidados no período chuvoso

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Com a chegada do período chuvoso os locais propícios para a criação do mosquito Aedes aegypti se multiplicam e a população deve se mobilizar para eliminar os focos. O alerta é da Fundação Municipal de Saúde (FMS). O mosquito é o vetor dos vírus da dengue, zika e chikungunya.
 
“Além do período chuvoso também estamos nos meses de férias, onde as escolas públicas e privadas precisam ter a atenção voltada àqueles banheiros pouco usados, os bebedouros, ar-condicionados, geladeiras das cantinas, enfim, todos os locais onde possam acumular água precisam ser vistoriados periodicamente, mesmo sem ocorrer aula na instituição”, explica Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da FMS.
 
Ela alerta ainda as pessoas que vão passar temporada de férias fora de casa. “Antes de viajar os ralos de pias e banheiros precisam ser vedados, os vasos sanitários precisam estar hermeticamente fechados, as pias e sifãos devem permanecer secos, caixas de água devidamente tampadas e aquelas descargas de cordinha precisam estar tampadas para não servirem de criadouro. Todos esses locais citados estarão em desuso e são locais propícios para proliferação de mosquito. Não podemos esquecer também de secar os reservatórios dos umidificadores que ficarão em desuso nesse período mais chuvoso e mesmo em uso eles precisam sempre serem lavados com bucha. Olhar as encanações e os drenos das máquinas de lavar também é preciso”, alerta.
 
A diretora de Vigilância em Saúde da FMS chama atenção para o fato de que a dengue, zika, a febre amarela e a chikungunya são doenças infecciosas, de origem viral, transmitidas através da picada de mosquitos contaminados de duas espécies: Aedes aegypti e Aedes albopictus. “Enquanto o Aedes dá preferência ao sangue humano para se alimentar, o albopictus se alimenta de qualquer tipo de sangue. Se existe mais alimento disponível eles vão se reproduzir mais também”, lembra Amariles.
 
Estes dois mosquitos podem receber a alcunha de “mosquito da dengue”, apesar do Aedes aegypti ser a espécie mais famosa. Os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus são muito parecidos. A diferença está no tórax. O Aedes aegypti apresenta quatro linhas, duas delas retas no centro e duas curvas na periferia. Já o Aedes albopictus apresenta apenas uma única linha reta no centro do tórax. De resto, são semelhantes.

MAYARO: OUTRO VÍRUS TRANSMITIDO PELO AEDES

Um vírus chamado Mayaro pode estar se espalhando pelo continente Americano. Ele está se adaptando, antes era transmitido apenas por vetores silvestres e agora pode ser transmitido por vetores urbanos como o Aedes aegypti.
 
Segundo site do Ministério da Saúde, a febre do Mayaro é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que pode causar uma doença de curso benigno semelhante a dengue. Normalmente, após uma ou duas semanas o paciente se recupera completamente. Entretanto, parte dos pacientes pode apresentar queixa de artralgia intensa, acompanhada ou não de edema nas articulações. A lesão pode ser limitante ou incapacitante e durar por meses, quando a recuperação é mais prolongada.
 
Os sintomas da febre do Mayaro são muito parecidos com os da dengue e chikungunya. No entanto, no Mayaro as dores e inchaço das articulações podem ser mais limitantes e durar meses para passar. Pelo quadro clínico pode ser difícil diferenciar se a pessoa está com dengue, zika, Mayaro ou chukungunya. Só exames laboratoriais específicos podem apontar o diagnóstico correto. 
 
“Quando alguém se encontrar com febre inespecífica e cansaço, sem outros sinais aparentes, se surgirem manchas vermelhas pelo corpo, dor de cabeça e nas articulações, apresentar intolerância à luz (fotofobia), essa pessoa pode estar com algumas dessas viroses transmitidas pelos mosquitos. O que ela precisa fazer de imediato é manter o corpo hidratado, urinar da cor da água que bebe e depois procurar um serviço de saúde”, diz Amariles Borba.
 
Não há tratamento específico para nenhuma das viroses citadas. O tratamento é dirigido ao alívio dos sintomas. Segundo o Datasus (Departamento de Informática do SUS) entre dezembro de 2014 e junho de 2015 foram confirmados 197 casos de febre do Mayaro nas regiões Norte e Centro-Oeste, com destaque para os estados de Goiás, Pará e Tocantins. Todas estas pessoas moravam ou estiveram em área rural, silvestre ou de mata por atividades de trabalho ou lazer. O Estado de Goiás registrou 66 casos até fevereiro de 2016 e o Datasus não possui mais dados atualizados deste ano. Importante salientar que no Brasil a transmissão desta doença limitou-se a regiões de mata. Não há relatos, até o momento, de transmissão urbana.
 
Claro que as medidas que todos conhecemos para evitar a proliferação dos mosquitos são fundamentais e importantíssimas, mas em um país continental e tropical, com chuvas e calor, essa tarefa é praticamente impossível. Por isso, evitar as picadas são uma forma eficiente para garantir proteção. Isso pode ser feito com telas nas janelas, mosquiteiros nas camas, principalmente nos berços do bebês pequenos e repelentes de mosquitos transmissores. Vale reforçar que os repelentes indicados pela Organização Mundial de Saúde são a Icaridina, o DEET e o IR 3535.
 
A principal forma de acabar com os criadouros é fazer a limpeza frequente de quintais e locais ao ar livre. Todo material inservível deve ser descartado. Garrafas devem ser guardadas fechadas ou com a boca virada para baixo. Vasos de plantas com pratos de plástico devem ser evitados.


Da redação
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