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Operários aceitam suspensão de 1080 contratos de trabalho na Embraer

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Os trabalhadores da Embraer, em São José dos Campos (SP), aceitaram na manhã desta terça-feira (20) a proposta da fabricante de aeronaves para suspensão dos contratos de 1080 operários a partir de janeiro.

A aprovação do 'layoff' aconteceu durante assembleia na entrada do 1°turno, que reuniu cerca de quatro mil trabalhadores. Os funcionários do 2° turno votam a proposta às 15h30.

Os números de contratos que devem ser suspensos são menores do que a projeção inicial da companhia, anunciada em novembro, cuja intenção era de colocar até 2.000 trabalhadores em layoff.

Durante a assembleia, os funcionários aprovaram ainda mobilização contra ações que retirem direitos da categoria. "Não queremos mais que retirem direitos dos trabalhadores na Embraer. Nós não vamos pagar pela corrupção dela", afirmou Herbert Claros, líder sindical na empresa.
O período de afastamento na Embraer deve ter de dois a cinco meses de duração. No período, os trabalhadores deverão participar de cursos. Eles serão divididos em grupos e sairão em períodos alternados, entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018.

Durante a suspensão dos contratos, os funcionários atingidos pela medida recebem normalmente os salários, subsidiados pelo Governo Federal e pela empresa, mas ficam afastados da fábrica.

Os trabalhadores em layoff terão estabilidade garantida durante o período do layoff e por mais três meses após o retorno à fábrica. Serão incluídos no layoff trabalhadores das áreas de montagem da aviação comercial e executiva.

Cortes
Em nota anterior, a Embraer afirmou que o layoff é uma alternativa para cortar custos e para evitar mais demissões na unidade. Neste ano, cerca de 1,6 mil trabalhadores foram dispensados por meio de Planos de Demissão Voluntária (PDV).

Desde agosto, a Embraer tem adotado um pacote de ações para reduzir em cerca de US$ 200 milhões ao ano as despesas da companhia. Além do desligamento de cerca de 1,6 mil trabalhadores por meio do PDV, a empresa também adotou férias coletivas.

No fim de outubro, a Embraer firmou acordo para pagar cerca de US$ 206 milhões a autoridades brasileiras e norte-americanas para encerrar acusações envolvendo o pagamento de propina e práticas irregulares em negócios fechados na República Dominicana, Arábia Saudita, Moçambique e Índia.

Fonte: G1

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