O deputado federal Assis Carvalho (PT) saiu em defesa da PEC que limita os gastos públicos no Piauí. Em entrevista ao Jornal do Piauí desta quinta-feira (22), o parlamentar disse que o Estado não pode ficar de mãos atadas, caso a proposta seja arquivada.

“Se o governador não aprovar essa PEC ainda para o orçamento deste  ano, o governador vai ficar impossibilitado de fazer a negociação, ainda que pequena, mas necessária, das dívidas do Piauí. O Estado vai ficar impossibilitado de receber transferências voluntárias, proibido de receber empréstimos futuros e fica limitado à emenda da morte do Temer. Não podemos ficar de mãos atadas”, disse o deputado.

Assis afirmou que ficou surpreso com a versão dada à PEC estadual, de que seria igual a PEC 55 do governo federal.

“Eu estou surpreso com a versão que deram para esta emenda. O que está faltando no nosso caso é explicação. Essa emenda do governador é o contrário da emenda da morte do Temer. A emenda da morte, a PEC 55, congela por 20 anos todos os recursos de despesas primárias, ou seja, tudo que se produz é para despesa financeira. A emenda do governador Wellington é o contrário. Ela estabelece 10% para investimento e não para despesa financeira”, explica.

O parlamentar acredita que o governador fará alguns ajustes, mas acredita que a proposta foi mal explicada para a população. “Ele vai conversar com as categorias, pode fazer alguns pequenos ajustes, mas não pode deixar de ser aprovada”, concluiu.

Hérlon Moraes
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