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Creas repassa caso de menina que cuida sozinha de mãe para o MP

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O caso da adolescente de 14 anos que cuida sozinha da mãe com esclerose múltipla foi encaminhado pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) para o Ministério Público. Segundo o órgão, um impasse com a família impede que o atendimento adequado a Teresa Cristina, de 62 anos, seja prestado.

"O ideal seria que ela fosse levada para um abrigo que pudesse cuidar dela e a menina fosse enviada para outro abrigo para que também possa receber cuidados já que nenhuma tem condição de cuidar da outra", é o que explica a psicóloga Layla Lemos, que responde interinamente pela direção do Creas Norte.

Os poucos móveis e eletrodomésticos usados pela família foram doados por uma ONG, além de pessoas solidárias após o drama de mãe e filha ser exposto em matéria da  TV Cidade Verde. Tudo isso enquanto a adolescente acompanhava a mãe há cerca de 20 dias internada no Hospital Buenos Aires. Agora em alta dona Teresinha passa o dia sobre uma cama. Além da filha, conta apenas com o carinho de Tatiana, que não se contém diante da situação degradante da idosa.

"Eu não tenho uma tábua e uma faca pra cortar carne. Não tenho panela de pressão. Não tenho nada", desabafa a idosa que fala com dificuldade em reportagem para o Jornal do Piauí desta sexta-feira (06).

Tatiana Almeida, representante da Igreja Adventista do 7º dia que encontrou a idosa afirma que é urgente uma doação e cadeira de rodas para a idosa e acima de tudo de um cuidador para ajudar a família. "Ela precisa urgentemente de um cuidador porquê ela necessita de medicações controladas. Ela precisa fazer curativos em feridas que adquiriu e a menina não tem condições de assumir tamanha responsabilidade", afirma Tatiana.

Para o Creas, resta agora o impasse que impede que o atendimento prossiga. "Em relação ao caso dessa família o que pudemos fazer já foi feito. Todas as doações da igreja vieram a somar e melhorar. O problema está longe de ser resolvido e o necessário seria um cuidador. A dona Tereza é lúcida mas não quer aceitar então está nas mãos do Ministério Público. Entregamos um ofício em dezembro e estamos aguardando ansiosos - a família da dona Teresa tem alguns irmãos que moram em SP e tem o mesmo problema dela e tem o problema da adolescente  já que o pai dela sofreu um AVC e precisa de cuidados especializados", descreveu a psicóloga.

Quando questionada sobre a possibilidade de um cuidador para ajudar a família, a psicóloga explica que a prefeitura não fornece o serviço, mas com o caso judicializado, aguarda uma solução para o problema da jovem que sonha em alguém para cuidar da mãe, para que possa voltar para a escola.

Rayldo Pereira
[email protected]

 

 

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