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Seduc alerta candidatos do Enem para nota de corte

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Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 podem consultar on-line os resultados individuais. Também está aberta na internet a consulta pública que dará aos cidadãos brasileiros a oportunidade de opinar sobre o exame.

O gerente de pré-Enem da Secretaria Estadual de Educação, Wellington Soares, participou de entrevista no Jornal do Piauí desta quarta-feira (18) para explicar como o estudante pode avaliar a nota de corte para o ingresso na universidade.

"A nota de Corte é a nota mínima aceitável para a participação de determinado curso. Se ele deseja por exemplo o curso de medicina e deseja entrar na UFPI. Ano passado a nota de corte em Medicina deu 799 pontos, então se ele obteve uma nota abaixo disso ele já pode esquecer, como ele pode procurar outras instituições, já que a nota de corte varia", explicou o professor.

Os resultados gerais do Enem de 2016 foram apresentados pelo ministro da Educação, Mendonça Filho; pela secretária executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães Castro, e pela presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão vinculado ao MEC responsável pelo exame, Maria Inês Fini, em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 18, no MEC.

Para os menores de 18 anos que participam do Enem para fins exclusivos de autoavaliação, os resultados serão publicados em 60 dias, conforme previsto em edital. As provas objetivas foram corrigidas com base na teoria de resposta ao item (TRI).

Consulta — A partir desta quarta-feira, 18, até 10 de fevereiro próximo, os brasileiros podem participar da consulta pública sobre o Enem. Três perguntas objetivas abordam alternativas de mudanças dos dias de aplicação de provas e possibilidade de aplicação por computador. Uma pergunta discursiva permitirá ao cidadão dar sugestões para o aprimoramento do exame. As sugestões devem ser apresentadas na página do Inep na internet, com a informação do CPF.

 No Piauí a preparação para o Enem se deu através da grandes revisões na capital, no interior e junto aos presos. "Este ano o foco será na redação. Pois estamos observando que a redação define o ingresso do aluno.  Vamos começar em março e encerramos no finalzinho, véspera do Enem com o corujão", completou Wellington.

Resultados 

Considerada a média total, os participantes obtiveram as maiores médias em ciências humanas e suas tecnologias (533,5), em linguagens e códigos e suas tecnologias (520,5), matemática e suas tecnologias (489,5) e ciências da natureza e suas tecnologias (477,1).

A média dos concluintes — participantes que terminaram o ensino médio em 2016 —, foi ligeiramente superior, mas manteve a ordem de dificuldade. A maior média também foi obtida em ciências humanas e suas tecnologias (536), linguagens e códigos e suas tecnologias (523,1), matemática e suas tecnologias (493,9) e ciências da natureza e suas tecnologias (482,3).

A maior nota do Enem de 2016 foi registrada em matemática e suas tecnologias (991,5); a mais baixa, em linguagens e códigos e suas tecnologias (287,5).

Área 

 Em ciências humanas e suas tecnologias, a maioria dos participantes (2.867.265) alcançou notas entre 500 e 600 pontos. Apenas 600 tiveram notas entre 800 e 900. Tiraram nota zero 1.804 estudantes. A média nacional foi de 536.

Em ciências da natureza e suas tecnologias, a maioria dos participantes (3.234.551) alcançou notas entre 400 e 500 pontos. Apenas 632 obtiveram notas entre 800 e 900 e 3.109 tiraram zero. A média nacional foi de 482,3.

Em linguagens e códigos e suas tecnologias, a maioria (2.898.637) teve notas entre 500 e 600 pontos. Apenas um participante ficou entre 800 e 900 e 3.862 tiveram zero. A média nacional foi de 523,1.

Em matemática e suas tecnologias, a maioria (2.430.115) alcançou notas entre 400 e 500 pontos. Apenas 3.747 ficaram entre 800 e 900 e 5.734 tiveram zero. A média nacional foi de 493,9.

Redação 

 Na prova de redação, a maioria dos participantes (1.987.251) conseguiu notas entre 501 e 600. Apenas 77 conseguiram nota mil. A nota zero ou a anulação da prova foi para 291.806 estudantes.

Das anuladas, a maioria (206.127) resultou de não comparecimento ao segundo dia ou apresentação da redação em branco. Das redações que tiraram zero, os principais motivos foram fuga ao tema (46.874), parte desconectada (13.276), cópia de texto motivador (8.325), texto insuficiente (7.348) e não atendimento ao tipo textual (3.615). Por ferirem os direitos humanos, foram anuladas 4.798.

Certificação 

 Apenas 79.814 (7,7%) dos 1.033.761 que pediram certificação do ensino médio por meio do Enem atingiram a nota mínima em todas as áreas, de 450 nas provas objetivas e 500 na redação. No caso do Enem para pessoas privadas de liberdade, 3.620 (6,7%) dos 42.331 que solicitaram a certificação vão obter o diploma.

Ausências 

 Dos 8.630.306 inscritos, 2.518.976 (29,19%) ausentaram-se no primeiro dia de provas e 2.667.899 (30,91%), no segundo dia. Considerados os dois dias, foram 2.494.294 (28,90%) faltantes. Além disso, 3.942 (0,05%) foram eliminados no primeiro dia e 4.780 (0,06%), no segundo. Em função das ocupações em escolas e universidades, 265.412 (3,08%) inscritos tiveram a aplicação postergada.

A maioria das eliminações no Enem 2016 ocorreu em função de:
• 44,35% por não marcar o tipo de prova e não escrever a frase ou marcar mais de um tipo de prova e não escrever a frase.
• 19,77% por portar lápis, caneta de material não transparente, lapiseira, borrachas, livros, manuais, impressos e anotações.
• 9,10% por ausentar-se da sala de provas sem o acompanhamento de um aplicador, ou ausentar-se em definitivo antes de decorridas duas horas.
• 7,41% por portar, após ingressar na sala de provas, qualquer tipo de equipamento eletrônico ou de comunicação.

No exame para os privados de liberdade, dos 54.317 inscritos, 15.7436 (28,98%) faltaram ao primeiro dia de provas e 18.021 (33,18%) faltaram ao segundo dia. Além disso, 38 pessoas (0,07%) foram eliminadas no primeiro dia e 37 (0,07%), no segundo.

TRI 

 Na teoria de resposta ao item, o número de acertos corresponde à média final. A TRI qualifica o item de acordo com o:
• Poder de discriminação: capacidade de um item distinguir os participantes que têm a proficiência requisitada daqueles quem não a têm.
• Grau de dificuldade.
• Possibilidade de acerto ao acaso, ou seja, de “chute”.

O número de questões por nível de dificuldade em cada prova e as demais características dessas questões refletem-se no resultado. Acertar um número maior de itens em uma área não significa, necessariamente, ter uma proficiência maior do que em outra cujo número de acertos foi inferior.

Como a TRI pressupõe que um candidato com certo nível de proficiência tende a acertar os itens de nível de dificuldade menor e errar aqueles com nível de dificuldade maior, o padrão de respostas do participante é levado em consideração no cálculo do desempenho. Como a TRI não tem um limite, inferior ou superior, padrão entre as áreas de conhecimento, as notas dos participantes não variam entre zero e mil. Elas podem ultrapassar os mil pontos.

Na página do participante do Enem, os candidato têm acesso aos resultados do exame 2016. É necessário informar o CPF e a senha cadastrada no ato da inscrição.

Rayldo Pereira
Com informações de Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep
[email protected]

 

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