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Após 20 anos, inicia julgamento de acusado de matar prefeito eleito em Aroazes

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Atualizada às 14h10

O promotor de Justiça Régis Marinho informou ao Cidadeverde.com que a audiência de instrução e julgamento foi suspensa por volta do meio dia de hoje (27), a seu pedido. Segundo ele, a solicitação foi acatada pelo juiz que presidia a audiência, Antônio Noleto, e aconteceu devido ao grande volume do processo. 

"É um processo longo e são muitas testemunhas, que já haviam sido ouvidas. Esse caso tem 20 anos e assumi recentemente, preciso me inteirar de algumas coisas, como se irei ouvir novamente algumas testemunhas já ouvidas", informou.

Hoje, 19 testemunhas haviam sido arroladas para prestarem depoimento, mas somente duas compareceram. 

Atualizada às 10h

Pouco antes do início da audiência de instrução e julgamento, na manhã desta sexta-feira (27), houve um princípio de tumulto entre a família do prefeito eleito Manoel Portela, assassinado em 1996, e a defesa do acusado de matá-lo, Cícero Branco. O juiz Antônio Noleto, que preside a audiência, acionou a polícia e ameaçou a todos de prisão. 

A confusão teve início com a entrada do advogado de defesa, Tiago Vale, que é sobrinho do mandante de matar o prefeito eleito em Aroazes, Bernardone Vale, que foi condenado no ano de 2010 a 13 anos de reclusão.

A família da vítima se mostrou revoltada com a situação e foi necessária a intervenção do juiz. Por pouco não houve agressão física entre as partes. 

O promotor Regis Marinho é o responsável pela acusação. Segundo ele, a argumentação do Ministério Público está baseada na investigação, que ele considera “muito bem feita”. O responsável pela apuração do caso foi o delegado Francisco Costa Baretta, que hoje presta depoimento como testemunha. 

Além de Cícero, está sendo julgado o homem identificado como Clemilton. Ele é suspeito de atuar como motorista no dia do crime, ajudando Cícero na fuga. 

A morte do prefeito eleito ocorreu no dia 11 de dezembro de 1996. O crime, segundo as investigações policiais, teve motivação política. Bernadone queria que o irmão - Manoel Vale -, derrotado nas eleições municipais, assumisse a prefeitura no lugar do prefeito eleito, Manoel Portela.  O delegado teria pago R$ 50 mil ao suposto executor, Cícero Godoi, conhecido como Cícero Branco. 

Matéria Original

Acontece na 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí, a audiência de instrução e julgamento do caso do prefeito eleito de Aroazes, Manoel Portela, em 1996. Vinte anos após o crime, será julgado Cícero Godoi, o Cícero Branco, acusado de ser o executor do prefeito.

O filho da vítima, Manoel Portela Filho, disse que aguarda que Cícero tenha o mesmo destino de Bernardone Vale, delegado e irmão do segundo colocado nas eleições municipais no ano do crime, Manoel Vale. Em 2010, Bernardone foi condenado como mandante do crime a quinze anos de prisão. E, hoje, lotado no Instituto de Identificação de Teresina cumpre pena no regime semiaberto. 

“Esperamos que a justiça seja feita. No início demos prioridade para acompanhar o julgamento do mandante. Então, agora queremos que Cícero Branco seja condenado. Tanto tempo depois é doloroso reviver tudo isso e ainda sentimos a dor e a saudade”, disse Manoel Filho. 

 

Flash Maria Romero
Da Redação Carlienne Carpaso
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